GUERRA

Putin distorce dados históricos para tentar justificar a guerra

Presidente russo compara entrega de tanques alemães à Ucrânia com a invasão dos nazistas na Segunda Guerra

Por: Carlos Taquari
Da redação | 2 de fevereiro de 2023 - 21:55

O presidente Vladimir Putin comparou a invasão da Ucrânia pela Rússia com a luta contra a Alemanha nazista, na Segunda Guerra Mundial. Em discurso feito durante cerimônia que marcou os 80 anos do final da Batalha de Stalingrado, Putin afirmou que a história está se repetindo. Para justificar a declaração, ele disse que o envio de tanques alemães para a Ucrânia significa “uma ameaça para a Rússia”.

Nesta comparação, Putin não levou em conta que a Alemanha prometeu enviar apenas 14 tanques para a Ucrânia. Além disso, não é o único país que está apoiando os esforços dos ucranianos para repelir a invasão de seu território pela Rússia.

Operação Barbarossa

Em 22 Junho de 1941, Hitler ordenou o lançamento da Operação Barbarossa, uma ofensiva por terra, mar e ar, que mobilizou 1 milhão de soldados, 3.000 tanques, 2.500 aviões e 7.000 peças de artilharia. A Alemanha era o país invasor, a mesma situação em que se encontra a Rússia, que lançou uma operação para a tomada do território ucraniano. A Ucrânia tem solicitado mais ajuda dos países aliados, para tentar se defender dos invasores.

Nova ameaça

Ainda nesta quinta-feira, o chanceler russo, Sergei Lavrov, fez uma outra ameaça à Ucrânia e aos países do Ocidente, afirmando que, nos próximos dias, “o mundo vai prestar atenção na Rússia”.

Lavrov não deu detalhes sobre o que o país está planejando. Mas, analistas militares ocidentais acreditam que os russos estão preparando uma ofensiva em grande escala contra o território ucraniano, para marcar a passagem de 1 ano da guerra, iniciada em 24 de Fevereiro, de 2022.

Putin distorce

Volodymyr Zelenskyy e Ursula von der Leyen se reuniram hoje, em Kiev. (Crédito: AP)

Nas últimas semanas, tanto Vladimir Putin como outras figuras de destaque no Kremlin advertiram para a possibilidade de uso de armas nucleares contra a Ucrânia. Putin e o ex-primeiro-ministro Dmitri Medvedev deixaram claro que a Rússia não vai aceitar, em nenhuma hipótese, a possibilidade de uma derrota no conflito. E acrescentaram que, se esse cenário se desenhar, o país vai recorrer a seu arsenal nuclear.

Ainda nesta quinta-feira, em Kiev, representantes da União Europeia fizeram uma visita ao presidente Volodymyr Zelensky, para reafirmar o apoio do bloco europeu à Ucrânia.

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