Cantor, príncipe e outras personalidades alegam que foram vítimas de escutas ilegais e invasão de privacidade
O príncipe Harry, o cantor Elton John e mais cinco pessoas compareceram na audiência de pré-julgamento, num tribunal de Londres, para saber se o caso pode ir adiante e se as provas podem ser usadas no processo contra a Associated Newspapers (ANL) por supostas escutas telefônicas nos carros, nas casas e violações de privacidade. Um dos jornais envolvidos no processo é o Daily Mail, que figura entre os mais vendidos no Reino Unido, com uma circulação acima de 2 milhões de exemplares.
Além do filho mais novo do rei Charles III e o artista, na lista de reclamantes contra a imprensa estão: David Furnish, a Baronesa Doreen Lawrence (mãe do adolescente negro Stephen Lawrence, assassinado em um ataque racista em 1993), Sadie Frost Law, Sir Simon Hughes e a atriz Elizabeth Hurley, que foi casada com o ator Hugh Grant. Eles alegam que foram vítimas de muitos atos ilegais realizados por jornalistas e investigadores particulares.
Os advogados dos reclamantes também disseram que seus clientes tiveram mensagens dos telefones celulares hackeadas, além da invasão das contas bancárias, registros médicos e outros documentos pessoais. A suposta atividade de 1993 a 2018. A ANL, que está tentando abafar o caso, negou as acusações e falou que fará de tudo para se defender.
Nesta audiência preliminar de quatro dias, nenhum dos acusadores deve falar nada e nem é obrigado a comparecer. Harry, que voou da Califórnia até Londres, para apoiar o processo judicial, deu apenas um sinal de positivo no final da audiência e não conversou com a multidão de repórteres. O príncipe não deve ver seu pai, o rei Charles, e nem deve se encontrar com o seu irmão mais velho William enquanto estiver em Londres. A presença de Harry na coroação do novo monarca em maio também não está confirmada.