The Washington Post

Um assento confortável, que pode virar uma cama, champanhe, camarão ou até caviar. Televisão com todos os canais e mesmo um chuveiro em alguns aviões. A primeira classe, em algumas companhias aéreas, está com os dias contados. A American Airlines anunciou que está acabando com esse espaço privilegiado em voos internacionais de longa distância, que será substituído por uma nova classe executiva atualizada. Isso se deve a falta de interesse dos passageiros, de acordo com a companhia não há demanda. As empresas estão atualizando a classe executiva para ser moderna, compacta e mais vantajosa financeiramente.

“Essa categoria não existirá mais na American Airlines. Simplesmente pelo fato dos nossos clientes não estão comprando”, disse Vasu Raja, diretor comercial da companhia. “Francamente, ao removê-lo, podemos fornecer mais assentos de classe executiva. É o que nossos clientes mais querem e estão mais dispostos a pagar.”

Interior da cabine da primeira classe do A380 da Qantas.

Os competidores United e Delta acabaram com a primeira classe internacional muito antes da American fazer isso. As principais companhias aéreas dos EUA, incluindo American, United, Delta e Alaska, ainda oferecem classe de luxo em voos domésticos – mas não espere nada de outro mundo.

Os assentos são mais amplos com mais espaço para as pernas, os viajantes recebem algum serviço melhorado e a comida é provavelmente “um pouco melhor” do que o menu tradicional.

As companhias americanas falam do “espaço para esticar”, “espaços de armazenamento atenciosos”, check-in e segurança mais rápidos, serviço de bagagem prioritário, opções gratuitas de álcool e alimentos, dependendo da duração de um voo. Mesmo na primeira classe, os viajantes geralmente têm que pagar pelo WiFi. Mas podem embarcar e desembarcar primeiro.

Uma checagem em diferentes companhias aéreas e rotas mostra a diferença: uma passagem de primeira classe para uma viagem de ida e volta entre o aeroporto de Dulles, em Washington, e Houston, no Texas, na United tem preço de US$ 887, em comparação com US$ 320 pela tarifa mais barata.

Aposta na classe executiva

As companhias americanas têm investido mais em classe executiva, particularmente para voos internacionais de longa distância e rotas domésticas premium. A American Airlines informou que seu próximo assento “Flagship Suite” incluirá “uma porta de privacidade, uma opção de assentos dormitórios e mais espaço para bagagem pessoal”.

As seções de classe executiva têm mais lugares do que a primeira classe, por isso a experiência não é tão exclusiva. Mas eles também incluem em grande parte acesso à sala vip, assentos deitados, embarque prioritário, pelo menos algumas malas despachadas gratuitas e refeições à la carte. Muitas empresas estão dispostas a pagar para os funcionários voarem na classe executiva quando eles podem não cobrir a primeira classe. Um voo de ida e volta da American Airlines de Nova York para Londres, para janeiro custará US$ 8.422 para sua oferta mais luxuosa, mas US$ 7.222 para classe executiva.

Quer um verdadeiro luxo? A Emirates Airlines possui em algumas cidades, a experiência de motorista para o aeroporto, check-in escoltado, espaço exclusivo e uma suíte privada no avião, com portas deslizantes. Caviar e Champanhe estão incluídos, e até mesmo um chuveiro em alguns aviões. Os viajantes pagam um valor alto pela experiência: uma viagem de ida e volta da Primeira Classe Dos Emirados entre Dulles International, perto de D.C. e Dubai, custa US$ 21.572 em janeiro, contra US$ 1.481 para econômica e US$ 7.533 na executiva.

Algumas empresas ainda mantem a oferta de passagens na primeira classe. Entre elas, a British Airways, Lufthansa e Japan Airlines.