O momento do banho pode ser mais importante do que se imagina. Alguns soltam a voz, outros apenas relaxam e tentam esquecer os problemas. Já algumas pessoas conseguem ter excelentes ideias enquanto aproveitam a ducha. Estudo da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos revelou que a ação de tomar banho libera a criatividade, deixando assim as ideias antigas de lado e abrindo espaço para a imaginação. Esse é o momento em que costuma surgir o “brilho interno”.

Os autores do estudo afirmam que a mente realmente funciona melhor quando há um nível moderado de relaxamento. Ou seja, fazer algo entediante não requer nenhum pensamento criativo ou “fora da caixa” Já uma tarefa simples como tomar banho ou até mesmo lavar a louça prende a atenção das pessoas e faz a cabeça vagar pelo mundo do devaneio.

Para o professor Universidade da Virgínia, Zac Irving, só se consegue ter boas ideias tendo um mínimo de engajamento mental. “Digamos que você está preso em um problema. O que você faz? Provavelmente não fará algo chato como ver a tinta secar na parede. Em vez disso, você faz algo para se ocupar, como caminhada, fazer jardinagem ou tomar banho. Todas essas atividades são moderadamente envolventes e acabam colocando o cérebro para funcionar.”

Tomar banho é uma prática que libera a criatividade, aponta estudo. Crédito: Pexels.

O estudo descobriu que quando as pessoas realizam tarefas “pouco exigentes”, o cérebro tende a vagar. Quando isso acontece, a criatividade começa a fluir. “A divagação da mente pode ajudar em alguns contextos, como passear, mas não em outros, como uma tarefa psíquica maçante”, diz Irving sobre sua teoria. A pesquisa sugere que quando a pessoa está sob pressão sendo obrigada a agir com rapidez e assertividade, normalmente, ela não consegue liberar a imaginação e isso diminui a chance de ter boas ideias. O estudo foi publicado na revista Psychology of Aesthetics, Creativity, and the Arts .

De acordo com o psicólogo John Kounios, diretor do programa de Ciências Cognitivas e do Cérebro da Universidade Drexel, nos Estados Unidos, quando estamos no banho a temperatura da água quente relaxa e, além disso, temos uma tendência de fechar os olhos nesse momento. “O que acontece no momento do banho são os sentidos, em vez de serem focados para o exterior, estão voltados para o interior. A atenção é direcionada para o interior”, disse Kounios.

Muitos estudos demonstram: pouco antes de termos uma ideia ou uma “revelação”, o córtex visual, uma área na parte posterior do cérebro responsável por processar os estímulos que entram pelos olhos, desliga-se ligeiramente. Nesse momento aparece a “lâmpada mágica” acessa no nosso cérebro trazendo ideias brilhantes.