A espaçonave Juno da NASA está atingindo Io, a lua de Júpiter que é o corpo celeste mais vulcanicamente ativo do Sistema Solar. A nave já passou pela lua de Júpiter a uma distância de 80.000 km, para revelar detalhes de sua paisagem repleta de lava. Por isso, ela é tão vermelha. Júpiter possui 79 luas ao seu redor, sendo 53 delas com nomes registrados pelos astrônomos.

Mas Juno ficará muito, muito mais perto de Io ao longo do próximo ano, quando chegará a uma altitude de apenas 1.500 km da superfície. “Temos uma série de objetivos, além de tentar entender os vulcões e os fluxos de lava e mapeá-los”, disse o pesquisador chefe do programa Juno, Scott Bolton, do Southwest Research Institute.

Espaçonave Juno tem a missão de coletar dados e imagens de Io. (Crédito: NASA)

O vulcanismo de Io é impulsionado por sua proximidade com Júpiter. Isso significa que a lua está sujeita a imensas forças de pressão e aquecimento. O objetivo da missão Juno é investigar a origem e a evolução de Júpiter, Juno foi capaz de obter observações bônus das quatro principais luas do planeta – Calisto, Ganimedes, Europa e agora Io. Essas quatro Luas foram descobertas por Galileu Galilei, em 1610, com a utilização de apenas um telescópio de fabricação doméstica.

Europa e Io são de particular interesse porque acredita-se que ambas escondam no subsolo um oceano de água líquida em profundidade. Daí a possibilidade de que possam hospedar alguma forma de vida.
Imagens visíveis – ou seja, fotos tiradas em comprimentos de onda de luz que nossos olhos detectariam – mostram que a superfície de Ganimedes é uma mistura de manchas mais escuras e brilhantes. As áreas mais brilhantes são mais jovens e mais frias. O radiômetro da Juno revela que essas diferenças não são apenas fenômenos de superfície, mas estão relacionadas a estruturas que têm raízes profundas.