INTERNACIONAL

Pastor mórmon tinha 20 esposas, algumas menores de idade

Preso pela polícia do Arizona, ele se apresenta como um “profeta” e casou com a própria filha

Da redação | 5 de dezembro de 2022 - 21:55

Mulheres resgatadas numa das casas do pastor. (Foto: Coconino County Xeriff’s Office)

Denunciado por testemunhas que o acusam de manter relações com menores de idade, Samuel Bateman foi preso quando transportava algumas delas num trailer, no Estado do Arizona. Segundo as denúncias, entre as 20 esposas estaria uma filha dele, além de uma menina de apenas 9 anos.

Bateman se apresenta como “um profeta” Mórmon mas, na verdade ele é um ex-membro da Igreja de Todos os Santos dos Últimos Dias, que saiu para abrir uma igreja comandada por ele. A poligamia era uma prática admitida pela Igreja Mórmon, mas atualmente foi proibida.

O FBI, a polícia federal norte-americana, investiga Bateman por incesto, sexo grupal envolvendo menores e tráfico de mulheres.

No momento em que foi detido, ele dirigia um trailer em estado precário, embora seja proprietário de dois carros de luxo, da marca Bentley. As mulheres eram obrigadas a dormir no trailer, onde tinham apenas um balde como vaso sanitário. Quando os policiais pararam o trailer, eles puderam ver mãos de crianças que acenavam, como se quisessem ser libertadas, contaram os agentes.

No total, 12 mulheres estavam em dois endereços do pastor. (Foto: Coconino County Xeriff’s Office)

Testemunhas disseram que Bateman tentou justificar seu casamento com sua própria filha adolescente, alegando sua condição de “profeta”. Os agentes do FBI revelaram que, além das 20 esposas, ele também tinha cerca de 50 “seguidoras”, que participavam de seus cultos.

A acusação de tráfico se baseia no depoimento de testemunhas. Elas revelaram ao FBI que Bateman, disse ter recebido “ordens do Pai Celestial para entregar seu bem mais precioso”, duas filhas, menores de idade, para homens integrantes da seita”. Nas palavras dele, “elas sacrificaram sua virtude, em nome do pai”.

Um juiz federal ordenou que Bateman seja mantido preso, sem direito a fiança, até que seu caso seja levado a julgamento.

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