Proposta apresentada pela China não prevê a retirada da Rússia dos territórios ocupados
Durante a visita do presidente chinês Xi Jinping a Moscou, neste início de semana, pouco se falou de política. Nas conversas com Vladimir Putin, o dirigente chinês tratou da cooperação econômica e da aproximação cada vez maior entre os dois países. A pauta do encontro esteve voltada para o comércio e energia, incluindo o fornecimento de gás e petróleo pela Rússia.
Mas Putin já deixou claro que apoia integralmente a proposta de paz apresentada pela China, para por fim à guerra na Ucrânia. Acontece que o plano de Pequim não prevê a retirada das tropas russas dos territórios ocupados na Ucrânia.
A questão é que, sem essa retirada, a Rússia iria consolidar a extensão de seu território sobre áreas que pertencem à Ucrânia, proposta considerada inaceitável pelo governo do presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia.
Para a Rússia, a proposta de Pequim é mais do que conveniente, como Putin deixou claro, em declaração feita após os encontros com Xi Jinping: “muitos detalhes do plano chinês podem servir de base para um acordo que ponha fim ao conflito, desde que o Ocidente e Kiev estejam prontos para aceitar”.
Já o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que aceitar um cessar-fogo antes que a Rússia retire suas tropas da Ucrânia, seria “concordar com a conquista territorial russa”.
Por sua vez, Xi Jinping declarou que seu país “tem uma posição imparcial”, em relação ao conflito na Ucrânia, deixando claro que a China pretende se colocar com uma força diplomática importante nas negociações. Para Xi, a China deve se colocar “no lado certo da história”.
Entre outros pontos, Rússia e China assinaram documentos tratando de:
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