MEIO AMBIENTE

O Banco Mundial tem planos para combater mudanças climáticas

Bancos prometeram contribuir para programas destinados a zerar as emissões de poluentes, até 2050

Por: Lucas Saba
Da redação | 17 de janeiro de 2023 - 21:55

Bloomberg 

O Banco Mundial deve exercer nos próximos anos uma grande influência nas políticas de combate ao aquecimento global, seja pelo apoio a programas de transição energética ou participando do financiamento de projetos junto outros bancos de desenvolvimento, para eliminar as emissões.

Tanto no Banco Mundial como outros chamados bancos multilaterais de desenvolvimento, os dólares das empresas financeiras podem nunca ser realocados para investimentos no clima nos limites necessários para retardar o aquecimento global. Os dirigentes do Banco entendem que os bancos de desenvolvimento podem se tornar a base de um novo Plano Marshall para o planeta, a exemplo do que ocorreu na Europa, após a Segunda Guerra.

Embora os bancos e seguradoras possuam mais de US$ 140 trilhões em caixa, muito pouco dessa verba tem sido utilizado para zerar emissões. Apenas uma fração desse dinheiro foi usado para enfrentar a crise climática. Existe um acordo entre os bancos de zerar todas as emissões até 2050. Levar o financiamento para onde é mais necessário – economias em desenvolvimento – requer a superação de vários obstáculos de investimento, incluindo restrições de classificação de crédito, riscos cambiais e a possibilidade de uma de dívida dos mercados emergentes. Em suma, não há dinheiro público suficiente para financiar a transição energética e as fontes privadas de capital não são  incentivadas para preencher a lacuna.

Da mesma forma, a Iniciativa de Mercados Sustentáveis sugeriu que os bancos de desenvolvimento criassem “um conjunto considerável de fundos” que podem fornecer garantias de “primeira perda” ou “segunda perda”, o que significa que eles seriam os primeiros ou segundos na fila para assumir perdas em uma carteira de empréstimos, reduzindo o risco e elevando a classificação de crédito para outros compradores, de modo a “captar um significativo investimento e financiamento do setor privado”.

O presidente francês, Emmanuel Macron está planejando uma cúpula para junho em Paris para se concentrar no papel ambiental dos bancos de desenvolvimento. Enquanto isso, a Índia anunciou que a reforma do BM está entre as prioridades para sua presidência do G20 e o assunto deve ser discutido pelos líderes mundiais na reunião de setembro.

A esperança é que uma pressão como essa comece a dar frutos. Respondendo a pedidos dos EUA e de outros países acionistas, o Banco Mundial apresentou um novo “roteiro” que o levaria a aumentar sua capacidade de empréstimos para enfrentar as mudanças climáticas.

Leia também:
Papa Francisco alimenta rumores de uma possível renúncia
As dez profissões que mais atraem psicopatas

+ DESTAQUES