Ex-aliados não vão contribuir para a campanha de Trump e dizem que querem distância dele
Bilionários norte-americanos já anteciparam que não pretendem fazer doações para a campanha do ex-presidente Donald Trump, que anunciou sua candidatura para 2024. Fazem parte desse grupo alguns dos maiores contribuintes para as campanhas do Partido Republicano.
O empresário Andy Sabin, dono de um conglomerado industrial, declarou: “Não vou doar um tostão”. Depois de responsabilizar Trump por algumas das derrotas sofridas pelo partido, tanto para o Senado como para os governos estaduais, Sabin acrescentou: “Ele apoiou a candidatura de pessoas que não estavam plenamente qualificadas”. Neste ano, Sabin já apoiou financeiramente o governador da Flórida, Ron DeSantis, que foi reeleito.
Outro que está se afastando de Trump é Ken Griffin, que também atua no mercado financeiro. Nas recentes eleições, ele doou 60 milhões de dólares a candidatos ao Senado e governos estaduais. Mas, para 2024, ele não estará ao lado de Trump: “Estou cansado dele”, disse ao site Político.
Griffin, que também tem negócios no mercado imobiliário da Flórida, disse que DeSantis vem fazendo um ótimo trabalho no Estado e que sua reeleição não foi surpresa.
Além dos empresários que ajudam a financiar as campanhas, líderes do Partido Republicano já revelaram grande descontentamento diante do anúncio de Trump de que pretende tentar um retorno à Casa Branca, nas eleições de 2024.
Um dos principais obstáculos para o ex-presidente na campanha está relacionado com sua imagem na imprensa. Seu ex-aliado Rupert Murdoch dono de um dos jornais mais importantes dos Estados Unidos, o Wall Street Journal, já declarou que pretende apoiar DeSantis, na campanha para 2024.
Além do WSJ, Murdoch também é dono do New York Post, tabloide dedicado a notícias sensacionalistas, que já deu algumas manchetes nem um pouco elogiosas para Trump. Ter uma imagem negativa nos tabloides é um grande passo rumo à derrota na política, como já ficou provado ao longo da história.