Autoridades americanas sugerem que projétil saiu da defesa antiaérea ucraniana contra míssil russo e despencou do lado polonês
Um míssil lançado na fronteira da Ucrânia com a Polônia atingiu o leste do país vizinho, na região de Przewodow, matando duas pessoas. Esse ataque se seguiu ao intenso bombardeio dos russos contra a Ucrânia, nesta terça-feira (15/11), quando mais de 100 mísseis atingiram o território ucraniano.
A Polônia protestou imediatamente e pediu a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional do país, minutos após a explosão.
De acordo com o tratado da aliança, a Polônia poderá recorrer ao artigo 4 da OTAN. O documento diz que “as Partes devem se consultar sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes”.
O porta-voz da OTAN, Jeans Stoltenberg, disse que a organização está monitorando de perto a situação na fronteira da Polônia com a Ucrânia e informará o mais rápido possível e oficialmente o que de fato ocorreu ali.
O Ministério da Defesa da Rússia distribuiu nota negando que suas forças tenham disparado mísseis contra o território da Polônia. “Trata-se de uma deliberada provocação” afirma a nota, responsabilizando os poloneses pelas informações. “Nenhum ataque foi feito contra a região da fronteira, com armamento russo”, finaliza a nota. Fontes ucranianas informam, no entanto, que dezenas de ataques foram realizados nas últimas semanas na divisa entre a Ucrânia e Polônia.
Emmanuel Macron, presidente da França, pediu cautela. Macron, assim como outros líderes ocidentais, não responsabilizou a Rússia pelo incidente, observando que “há uma investigação para entender completamente o que aconteceu”.
O presidente francês disse que há uma diferença entre a explosão na Polônia e a enxurrada de ataques russos na Ucrânia na terça-feira. Questionado se a explosão em Przewodow poderia ser uma provocação russa contra o ocidente, Macron respondeu que não tinha certeza.