Corte vai atingir todas as empresas do grupo Meta, de Mark Zuckerberg, e sinaliza para crise das grandes da internet
Após Elon Musk demitir metade dos funcionários do Twitter na semana passada, agora é a vez de Mark Zuckerberg anunciar a demissão em massa de 11 mil funcionários das três empresas controladas pelo grupo Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp).
O corte representa uma redução de 13% no número de funcionários da companhia e representa a maior demissão já feita pela empresa.
No terceiro trimestre deste ano o lucro da Meta caiu pela metade. A empresa faturou US$ 4,4 bilhões, receita 52% menor do que o resultado obtido no mesmo período de 2021.
Na semana passada, cerca de 3,7 mil funcionários do Twitter em vários países foram demitidos após receberem o comunicado de dispensa por e-mail.
Elon Musk, que comprou o Twitter por US$ 44 bilhões, disse que a demissão em massa era necessária para manter o equilíbrio financeiro da empresa.
Agora, a demissão em massa no grupo Meta, desperta a atenção para um problema que pode atingir outras grandes empresas do setor de big techs.
Desde que Mark Zuckerberg redirecionou o planejamento de suas empresas, inclusive com a mudança de nome da marca para Meta, passou a investir no metaverso, mas o mercado não reagiu da forma como o bilionário esperava. As ações da companhia caíram mais de 70% somente em 2022.
O fato é que especialistas acreditam que as demissões em massa anunciadas tanto pelo Twitter quanto pela Meta podem ser o prenúncio de uma crise mais profunda capaz de atingir, em maior ou menor escala, todas as grandes empresas de tecnologia do mundo.
Esta é primeira grande crise envolvendo as big techs, uma crise talvez motivada pelo próprio modelo de negócios que elas adotam, baseado em publicidade, e que dá visíveis sinais de esgotamento.