GUERRA
Apesar do recuo, porta-voz do Kremlin afirma que a guerra continua

Mesmo com derrotas, Rússia garante que a guerra continua

Risco de uso de armas nucleares contra a Ucrânia é real, segundo Ucrânia, e preocupa o mundo

Da redação | 12 de setembro de 2022 - 10:48
Apesar do recuo, porta-voz do Kremlin afirma que a guerra continua

Por Natalia Abbakumova

Do Washington Post

RIGA, Letônia – Após um fim de semana de derrotas no campo de batalha para a Rússia, o principal porta-voz do Kremlin disse que a guerra na Ucrânia continuará até que os objetivos do presidente Vladimir Putin sejam alcançados.

“A operação militar especial está em andamento e continuará até que as metas estabelecidas sejam alcançadas”, disse o porta-voz, Dmitry Peskov, em uma teleconferência com repórteres.

Peskov se recusou a comentar sobre uma ameaça feita pelo ex-primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, que alertou que a Ucrânia enfrentaria novas e pesadas exigências de rendição total.

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Alguns partidários de Putin alertaram que a Rússia poderia usar armas nucleares, e o principal general da Ucrânia disse na semana passada que a possibilidade de tal ataque permanece muito real.

Medvedev ameaça
“Zelensky disse que não dialogaria com aqueles que dão ultimatos”, postou Medvedev no Telegram. “Esses ‘ultimatos’ são apenas um pequeno aquecimento para as condições a serem estabelecidas no futuro, ele as conhece: capitulação total do regime de Kiev às condições da Rússia.”

Questionado sobre essas observações, Peskov disse: “Eu não comentaria, mas naturalmente a Rússia pressionará por todos os objetivos da operação militar especial”.

Apesar do recuo, porta-voz do Kremlin afirma que a guerra continua

Soldados ucranianos e moradora, em área reconquistado. (Foto: WP)

Peskov disse que Putin estava sendo mantido  atualizado sobre a situação no campo de batalha. Uma contraofensiva ucraniana relâmpago nos últimos dias forçou as tropas russas a uma grande retirada na região nordeste de Kharkiv.

O Ministério da Defesa russo reconheceu o recuo, mas disse que foi realizado como parte de uma decisão de “reagrupar”.

“É claro que tudo o que acontece, qualquer ação que os militares empreendam durante a operação militar especial são relatadas ao comandante em chefe”, disse Peskov.

“O presidente está em comunicação constante, pode-se dizer 24 horas por dia, com o ministro da Defesa e com todos os comandantes militares. Não pode ser diferente durante uma operação militar especial”, concluiu.

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