A japonesa Nissan também saiu do país, acompanhando o mesmo movimento das fabricantes Toyota e Renault
A Mercedes-Benz e a Ford decidiram encerrar suas operações na Rússia, em mais uma represália contra a invasão da Ucrânia pela Rússia. Anteriormente, a Nissan, Toyota e Renault já haviam decidido se retirar daquele país.
Com as fábricas paradas desde março, a Mercedes-Benz informou que vai se retirar do mercado russo e vender ações de suas subsidiárias para um investidor local. Por sua vez, a Ford também confirmou sua saída. A empresa norte-americana já vendeu sua participação de 49% na joint venture Sollers-Ford, embora tenha a opção de recomprar as ações dentro de cinco anos “caso a situação global mude”.
Harald Wilhelm, diretor financeiro da Mercedes, afirmou: “A saída da marca da Rússia não deve ter nenhum novo efeito sobre os lucros da empresa”. A declaração levanta dúvidas sobre o possível retorno da empresa ao país, após um eventual fim da guerra.
A Nissan do Japão deixou a Rússia no início de outubro, pouco depois da Toyota e da Renault. A companhia japonesa teve uma perda de US$ 700 milhões ao entregar seus negócios a uma entidade estatal por uma taxa nominal, supostamente inferior a £ 1.
Outras empresas de automóveis que não possuem fábricas na Rússia, incluindo Jaguar Land Rover, General Motors, Aston Martin e Rolls-Royce, interromperam as entregas ao país nos primeiros meses da guerra.
Natalia Koroleva, presidente-executiva da Mercedes-Benz na Rússia, disse em comunicado que as principais prioridades da mudança são cumprir obrigações com clientes russos e preservar empregos no país. A Associação de Empresas Europeias (AEB) disse que 9.558 veículos Mercedes foram vendidos na Rússia de janeiro a setembro, uma queda de 73% em relação ao ano anterior.