Não consegue mudar aquele hábito ruim? Existe uma explicação para isso
Toda pessoa tem algum hábito que gostaria de mudar no dia a dia, seja dormir mais cedo, começar um exercício físico, ou mesmo conseguir se concentrar mais nos estudos. Artigo publicado pela revista da Universidade de Harvard revela que essa questão tem uma explicação científica e está relacionada com a “dopamina”, um importante neurotransmissor do cérebro e do corpo.
Por exemplo, existem pessoas que são acostumadas a mexer no celular antes de dormir, o que aumenta as chances de desenvolver insônia. O usuário pode até saber que esse costume é prejudicial para a saúde, mas tem dificuldade em se “desligar” para descansar. Isso acontece porque a ação, mesmo sendo um mau hábito, libera dopamina no corpo, dando uma sensação de prazer a curto prazo.
Segundo Adriana Fóz, neuropsicóloga e diretora da Neuroconecte, esses comportamentos são realizados de forma inconsciente. E é por isso que é tão difícil mudá-lo, pois, antes de tudo, o indivíduo precisa entender, de forma consciente, que aquela ação está sendo prejudicial. Portanto, a atenção diária nas atividades é muito importante para identificar essas “armadilhas”. A observação racional é importante para que o hábito não se torne um vício e, futuramente, passe a não ser mais algo prazeroso, mas ruim para o corpo e a mente, e difícil de se mudar.
Adriana afirma que todos esses ciclos inconscientes dos maus hábitos podem ser mudados através de algumas estratégias. Primeiro, deve-se identificar o problema e as consequências que ele oferece; segundo, é necessário entender como trabalhar o cérebro para conseguir essa mudança; terceiro, buscar alternativas para fazer a transição do costume. Ou seja, encontrar outras opções que também são prazerosas, mas que não sejam prejudiciais para a saúde, para fazer a substituição.
A mudança de um hábito é um processo constante. Mas, a partir do momento que a ação já se torna um vício, como em drogas e outras substâncias, é necessário a procura por um psicólogo e psiquiatra.