INTERNACIONAL

Liz Truss insiste no plano econômico e diz que não renuncia

Sob pressão do partido, ela demite o ministro das Finanças e nomeia substituto

Por: Júlia Castello
Da redação | 14 de outubro de 2022 - 10:07

A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, demitiu hoje o ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, e logo depois nomeou seu substituto, Jeremy Hunt, que chegou a disputar com ela o cargo de líder do Partido Conservador e chefe do governo. O anúncio veio após a intervenção do Banco da Inglaterra para tentar acalmar o mercado. Entretanto, Truss afirmou em entrevista que não desistiu do plano econômico e apesar da pressão segue como primeira-ministra. “Estou absolutamente determinada a cumprir minha promessa de crescimento econômico, e permaneço como primeira-ministra do Reino Unido”. Liz trabalhará em Damas neste fim de semana – onde fica localizada a residência oficial do primeiro-ministro.

Esquerda: Kwarteng demitido hoje cedo do cargo - Direita: Novo ministro de Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt. (Foto: Shutterstock)

A esquerda: Kwarteng demitido hoje cedo do cargo – a direita: Novo ministro de Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt. (Foto: Shutterstock)

O plano de Kwarteng de cortar impostos para promover a retomada do crescimento econômico fracassou e acabou provocando uma forte desvalorização da libra esterlina. Esta é mais uma derrota de Truss, que tem sido muito criticada por seus colegas de partido e por representantes dos setores financeiro e empresarial pela maneira como tem lidado com a economia.

Em uma carta postada no Twitter, Kwarteng escreveu que Truss havia pedido que ele renunciasse. “É importante agora, à medida que avançamos, enfatizar o compromisso de seu governo com a disciplina fiscal”, afirmou. A primeira-ministra deve participar de uma coletiva de imprensa ainda hoje, na qual deve anunciar que vai descartar partes de seu pacote de corte de impostos.

Liz Truss venceu as eleições em Setembro prometendo medidas ousadas para alavancar a economia do país com grandes cortes de impostos para corporações, investidores e pessoas com altos salários. Entretanto, economistas tem criticado suas políticas de simultaneamente reduzir impostos e manter programas sociais de custo elevado.

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