Depois das declarações antissemitas, o rapper Kanye West vem sofrendo uma série de derrotas. Primeiro, foi o anúncio da Adidas cancelando um contrato publicitário milionário com ele. Depois foi a ex-mulher, a influenciadora Kim Kardashian, que repudiou duramente as falas dele. Pela rede social, Kardashian afirmou “O discurso de ódio nunca é aceitável ou desculpável. Estou junto com a comunidade judaica e peço que a violência terrível e a retórica odiosa contra eles cheguem ao fim imediato”.

Ela já foi casada com Ye e também tinha uma parceria com ele na marca dela, a Skims. Temendo ser atingida pela onda de cancelamento contra o rapper, a empresa divulgou comunicado afirmando: “Ele é um pequeno acionista minoritário e não tem papel ativo na marca”.

Hate speech is never OK or excusable. I stand together with the Jewish community and call on the terrible violence and hateful rhetoric towards them to come to an immediate end.

— Kim Kardashian (@KimKardashian) October 24, 2022

Kim Kardashian e Kanye West casaram-se em 2014, em um evento milionário. Os dois ficaram juntos por 10 anos e tiveram quatro filhos.

Kanye West deixa de ser bilionário

O número de marcas que estão “pulando fora” do patrocínio ao rapper está aumentando. Nesta terça-feira, foi a vez da grande Adidas. O prejuízo para eles, no entanto, é grande. Essa quebra de contrato significa uma perda de 250 milhões de euros nos ganhos anuais da empresa (R$ 1,32 bilhão). Segundo a marca, os efeitos serão imediatos.

Sem a parceria com a Adidas, a fortuna de Ye cai para US$400 milhões.

A marca afirmou que não tolera antissemitismo ou qualquer outro tipo de discurso de ódio. E definiu a postura de Ye como “inaceitável, odiosa e perigosa”. Eles também frisaram, em comunicado divulgado para a imprensa, que a atitude dele “viola os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”.

De acordo com a revista Forbes, a Adidas vende entre 4% a 8% de produtos da linha Yeezy. Logo no início da parceria, em 2015, a marca teve um lucro excedente de 15% nos EUA. Em 2020, a estimativa foi de um faturamento em torno de US$ 1,7 milhão (R$ 9 milhões). A colaboração entre o rapper e a empresa esportiva seria até 2026.

Nos Estados Unidos, algumas lojas estão retirando das prateleiras os produtos associados com a marca do rapper. Ele também enfrenta uma onda de cancelamento nas redes sociais.

Kanye também foi banido do Twitter e do Instagram por violar as políticas de uso das plataformas.