Hacker exige 200 mil dólares para deletar os dados de políticos, empresários e celebridades que afirma ter capturado
A Comissão de Proteção de Dados (DPC) da Irlanda confirmou que está investigando o suposto vazamento de dados de 400 milhões de usuários do Twitter em todo o mundo. Um hacker, que se autodenomina “Ryushi”, garante estar de posse desses dados – que incluem e-mail, número de telefones e outras informações pessoais de políticos, empresários, celebridades e outras pessoas. Como a sede do Twitter na Europa fica em Dublin, cabe à Irlanda investigar o assunto, de acordo com as normas da União Europeia.
Para deletar os dados que afirma ter se apossado, “Ryushi” exige o pagamento de um resgate de 200 mil dólares, pouco mais de 1 milhão de reais. Para comprovar que não está blefando, o hacker enviou uma “amostra” de 60 usuários, que está sendo examinada pelos integrantes da DPC.
Acredita-se que a maior parte dos usuários que tiveram os dados roubados pelo pirata virtual pertencem a integrantes do Congresso dos Estados Unidos. Entre eles, estaria a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez, conhecida por suas posições progressistas e, por isso mesmo, alvo de perseguições por parte de radicais direitistas. Jornalistas e apresentadores de televisão também estariam no grupo.
A Comissão de Informações do Reino Unido (ICO) também acompanha o desenvolvimento das investigações, além de empresas do setor de proteção de dados e Cyber-Intelligence, como a Hudson Rock, de Nova York.
Entre outros detalhes, as autoridades tentam determinar se os dados que o hacker garante ter capturado fazem parte de um lote que teria vazado, anteriormente, após um problema técnico que ocorrido nos sistemas da rede social. O Twitter assegura que corrigiu o problema, no ano passado.
“Ryushi” disse ter se aproveitado da falha técnica para inserir um programa que captura dados dentro da rede. Caso seja comprovado que a falha permitiu o vazamento e captura de dados dos usuários, o Twitter deve sofrer punições por parte das autoridades europeias.
Em Novembro, a Meta foi multada em 265 milhões de euros, após uma falha em seus sistemas, que permitiu o vazamento de dados de 533 milhões de usuários do Facebook.