Pesquisa mostrou que, apesar do desejo, metade se preocupa com a questão financeira
Mudanças podem trazer inseguranças, não à toa a “zona de conforto” é tão apreciada por muitos. Ao mesmo tempo, elas podem trazer diversos aspectos positivos, realinhando expectativas, desejos que vão surgindo ao longo da vida. Estudo recente da OnePoll, encomendado pela empresa Virgin Media O2, mostrou que 59% dos ingleses acreditam que precisam de uma mudança em suas vidas, seja pela troca do parceiro/a ou do emprego. A causa principal também é apontada pelo estudo: 61% se sentem presos em uma rotina.
“Embora ficar em sua zona de conforto nem sempre seja uma coisa ruim, você pode estar perdendo uma série de benefícios ao se ater ao que sempre soube (…) Não importa quão grande ou pequena seja a mudança, mudar para algo novo ajuda a manter as coisas novas”, afirmou um porta-voz da Virgin Media O2, em um comunicado.
Mudanças à curto e à longo prazo
Entre as 2 mil pessoas do Reino Unido pesquisadas, a maioria afirmou que deseja em um futuro próximo mudar o corte de cabelo, o celular e o carro. Mas para além das coisas materiais, estão dados bem interessantes que podem pontuar características e dificuldades dos ingleses na atualidade: 12% dos entrevistados admitem que desejam encontrar um parceiro diferente e 30% estão procurando um novo emprego.
Diferente de trocar de carro, celular ou mesmo corte de cabelo, a mudança de emprego e/ou de parceiro são mudanças mais radicais, já que afetam várias esferas da vida do indivíduo. Entretanto, a pesquisa mostrou que por mais que eles tenha o desejo de mudar , 36% se consideram um tanto indecisos. Mais da metade das pessoas (52%) acredita que fazer uma grande mudança em sua vida custaria muito e 40% têm medo de não dar certo.
Causas e consequências
A insegurança pode estar relacionada à atual situação da economia inglesa. Em fevereiro deste ano, O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra elevou a taxa de juros referencial em 0,5 ponto percentual, para 4%, sendo considerada a maior em taxa em 15 anos. A expectativa, infelizmente, também não é positiva. Trabalhadores de setores do transporte público e saúde têm realizado greves e reivindicam aumentos salariais diante da perda do poder de compra. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2023.