ECONOMIA

Inflação na zona do Euro bate novo recorde: 9,1%

Preços de energia e alimentos são os que mais pressionam os índices

Por: Carlos Taquari
Da redação | 31 de agosto de 2022 - 17:29

O gabinete de estatísticas da União Europeia, Eurostat, divulgou o índice inflacionário para o mês de Agosto, que alcançou um novo recorde, ao fechar em 9,1%, para 8,9%, em Julho. Os preços do setor de energia, incluindo os combustíveis, além dos alimentos, são os principais responsáveis pela alta. E todos os aumentos estão relacionados com a guerra na Ucrânia. Além do corte no fornecimento de gás para os países europeus, imposto pela Rússia, a redução nas exportações de cereais pela Ucrânia, que teve seus portos e armazéns bloqueados pelos russos durante meses, foi outro fator que influenciou no mercado.

As maiores economias da zona do Euro têm sido castigadas pelo surto inflacionário. A Alemanha fechou Agosto com 8,85; a França, com 6,5%; Itália, 9,0%. Na Holanda, o índice foi maior ainda: 13,6%.
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Com a tendência de alta observada em diversos setores, os especialistas do Eurostat preveem que a inflação, de 2022, na zona do Euro deve fechar em 10,6%. No setor de energia, o aumento acumulado do ano deve fechar em 38,9%.

Inflação na zona do Euro

Europeus sofrem com surto inflacionário. (Crédito: Pexels)

O Inverno vai agravar a crise

Com a aproximação do Outono e Inverno na Europa, esse quadro não deve melhorar, uma vez que o consumo de gás para aquecimento aumento, provocando maior consumo e pesando mais no orçamento das famílias. O relatório do gabinete de estatísticas aponta que alguns países foram mais castigados do que outros. Por exemplo, as repúblicas do Báltico. Na Estônia, a inflação em Agosto foi de 25,2%, na Lituânia, 21,1% e na Letônia, 20,8%.

Apesar das projeções negativas, dirigentes do Banco Central Europeu ainda têm esperanças de que, no próximo ano, possam reverter a tendência de alta nas taxas inflacionárias. “Nosso objetivo principal é garantir que, com a política monetária adequada, no momento certo voltaremos à meta inflacionária de 2% ao ano”, afirmou Philip R. Lane, membro da direção executiva do ECB.

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