COMPORTAMENTO

Implante de microchip facilita a vida e começa a virar tendência

Diante do risco de roubo ou perda, a tecnologia atrai milhares de adeptos

Por: Daiana Rodrigues Pereira
Da redação | 24 de outubro de 2022 - 21:58

Arnie Szoke, de 40 anos, é o primeiro britânico a ser microchipado por um implante de cartão de crédito na mão. Ele diz que a motivação se deu por vários motivos: primeiro, ele costuma se esquecer de tudo, senhas, onde deixou o cartão ou, então, perde com frequência um de seus cartões.

Szoke conta que já cansou de passar vergonha em restaurantes e hotéis. Mas ele também optou pelo implante por ser um método eficaz contra furtos ou roubo. O microchip funciona da mesma forma que os cartões por tecnologia de aproximação.
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Arnie Szoke com seu microchip na mão. (Foto: John McLellan)

Embora o método de pagamento esteja se tornando uma tendência em muitos países, ainda é algo estranho para muita gente. “As pessoas perguntam como posso pagar com a mão”, afirma ele. Arnie diz que, para usar o chip, é também necessário um pouco de aprendizado. “É como um cartão normal, mas você tem que ser mais preciso com onde você toca”, explica.

Outros países 

Países como Alemanha, Austrália, Nova Zelândia e Suécia já aderiram a essa tecnologia de pagamento. O número de suecos que possuem o microchip, por exemplo, já passa de 3 mil. Para se ter noção, até a companhia nacional de trens no País aceita o implante para pagar as passagens, deixando os impressos para trás.

A façanha tecnológica, inclusive, é usada para outros objetivos. Na Suécia, pessoas também têm como oportunidade usar os microchips para armazenar o certificado de vacinação contra a Covid-19. E se torna cada vez mais comum fazer o implante para carregar consigo outras informações pessoais.

Como é feito o implante 

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Microchip vendido e implantado pela empresa Walletmor (Foto: Walletmor)

A empresa que fez o processo foi a Walletmor, que diz ser a primeira no mercado a colocar à venda chips de pagamento implantáveis. “O implante pode ser usado para pagar uma bebida na praia do Rio, um café em Nova York, um corte de cabelo em Paris — ou no supermercado local”, diz o fundador e presidente, Wojtek Paprota.

O implante é do tamanho de um grão de arroz. De acordo o fundador, a aplicação do microchip é totalmente segura e tem aprovação regulatória dos órgãos competentes. Não requer bateria ou outra fonte para manter o funcionamento.

Receios

Embora o microchip seja uma tecnologia interessante e que busca facilitar a vida das pessoas, autoridades temem pelo uso amplo pela sociedade. Ao se tornar mais frequente, pessoas de má fé também inovam os crimes relacionados ao tema, colocando o indivíduo em risco. Além de uma questão de privacidade que gera muita discussão.

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