Diante do risco de roubo ou perda, a tecnologia atrai milhares de adeptos
Arnie Szoke, de 40 anos, é o primeiro britânico a ser microchipado por um implante de cartão de crédito na mão. Ele diz que a motivação se deu por vários motivos: primeiro, ele costuma se esquecer de tudo, senhas, onde deixou o cartão ou, então, perde com frequência um de seus cartões.
Embora o método de pagamento esteja se tornando uma tendência em muitos países, ainda é algo estranho para muita gente. “As pessoas perguntam como posso pagar com a mão”, afirma ele. Arnie diz que, para usar o chip, é também necessário um pouco de aprendizado. “É como um cartão normal, mas você tem que ser mais preciso com onde você toca”, explica.
Países como Alemanha, Austrália, Nova Zelândia e Suécia já aderiram a essa tecnologia de pagamento. O número de suecos que possuem o microchip, por exemplo, já passa de 3 mil. Para se ter noção, até a companhia nacional de trens no País aceita o implante para pagar as passagens, deixando os impressos para trás.
A façanha tecnológica, inclusive, é usada para outros objetivos. Na Suécia, pessoas também têm como oportunidade usar os microchips para armazenar o certificado de vacinação contra a Covid-19. E se torna cada vez mais comum fazer o implante para carregar consigo outras informações pessoais.
A empresa que fez o processo foi a Walletmor, que diz ser a primeira no mercado a colocar à venda chips de pagamento implantáveis. “O implante pode ser usado para pagar uma bebida na praia do Rio, um café em Nova York, um corte de cabelo em Paris — ou no supermercado local”, diz o fundador e presidente, Wojtek Paprota.
Embora o microchip seja uma tecnologia interessante e que busca facilitar a vida das pessoas, autoridades temem pelo uso amplo pela sociedade. Ao se tornar mais frequente, pessoas de má fé também inovam os crimes relacionados ao tema, colocando o indivíduo em risco. Além de uma questão de privacidade que gera muita discussão.