Estudo mostra que aqueles que se sentem mais jovens apresentam melhores índices de saúde
O estudo envolveu 2.400 adultos, ao longo de 20 anos, e foi desenvolvido por especialistas da Universidade de Greifswald, na Alemanha. A conclusão principal é de que se sentir jovem contribui para evitar doenças como derrame, problemas cardíacos e outros que surgem com a idade.
O principal foco do estudo é a relação entre a chamada “idade psicológica” – ou seja, aquela em que a pessoa se sente – e a idade real. Aqueles que se sentem mais jovens, tendem a apresentar melhores resultados nos check-ups e menores índices de doenças típicas dos idosos.
“É muito importante se sentir jovem. Funciona como uma espécie de autoproteção. Se me sinto mais jovem, tenho maior motivação, engajamento e sou mais ativa”, explica Susanne Wurm, professora da Universidade de Greifswald e autora do estudo, publicado no Journal of Personality and Social Psychology. Situada na cidade do mesmo nome, na costa do Mar Báltico, estado de Mecklemburg, a universidade tem um avançado centro de pesquisas sobre saúde e comportamento.
O estudo realizado com 2.400 adultos, entre outros dados, revelou: aqueles que diziam se sentir mais jovens do que a idade real, acabaram vivendo, em média, 13 anos mais do que os outros.
Participar de novas experiências, como viagens, voltar a estudar e resistir a pensamentos negativos sobre o envelhecimento contribui de forma significativa para a sensação de permanecer jovem.
A preocupação com a idade e suas consequências iguala pessoas de diferentes estágios da vida, segundo o estudo. Isto vale para uma pessoa de 30 anos, que começa a se preocupar com o possível aparecimento de rugas, ou uma de 65 que teme comentários negativos no ambiente de trabalho, relacionados com a idade. Ambas precisam estar prevenidas sobre o impacto negativo desse tipo de comportamento.
Becca Levy, professora de Psicologia, na Universidade de Yale, acredita que é possível mudar de atitude em relação ao envelhecimento e adotar uma postura mais positiva. Em seu livro “Breaking de Age Code”, ela afirma que é preciso fugir de estereótipos ou rótulos que os outros costumam impingir sobre os idosos. Cada pessoa pode elaborar sua própria maneira de encarar o assunto, acrescenta ela.