Muitos pais não acreditam que simples ações durante a infância dos filhos podem impactar no futuro deles, de forma positiva ou negativa. Mas, de acordo com estudos recentes, a vida adulta é fortemente influenciada pelos hábitos das crianças nos primeiros anos de vida.

De acordo com um levantamento realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, adultos que tinham o índice de massa corporal (IMC) acima do ideal, uma pressão arterial superior ao padrão, colesterol desregulado e nível de gordura no sague fora do normal na infância foram mais impactados por eventos cardiovasculares na vida adulta. O tabagismo durante a juventude também foi um ponto relacionado.

Os pesquisadores selecionaram pessoas entre as décadas de 1970 e 1990, nos Estados Unidos, Finlândia e Austrália. E, entre os anos de 2015 e 2019 os chamaram de volta para uma nova coleta de dados. Dos quase 40 mil voluntários, 800 tiveram ataque cardíaco ou derrame. 300 deles foram vítimas fatais.

De acordo com os especialistas, os pais devem prestar atenção na saúde dos filhos e fazer o check-up anualmente. E a crença de que “é apenas a gordura do bebê” ou “eles têm muito tempo para ficarem saudáveis” pode ser perigosa.

Abuso físico na infância também influencia

A forma com que os pais tratam as crianças na infância pode impactar na saúde física e mental dos filhos. (Foto: SABRA)

Existem aqueles pais que acham que uma “palmadinha” não vai dar em nada. Entretanto, outro estudo divulgado este ano, pela Universidade de Toronto, no Canadá, apontou que crianças que sofreram abusos físicos tendem, de forma significativa, a desenvolver dores crônicas e doenças físicas crônicas na vida adulta.

Além disso, essas vítimas são duas vezes mais propensas a sofrer com depressão e ansiedade mais tarde na vida.

As conclusões do estudo, que envolveu uma análise de 5 mil pessoas, são surpreendentes. As doenças físicas desenvolvidas pelos avaliados incluíam diabetes, câncer, enxaquecas, artrite, doenças cardíacas, diabetes e doença pulmonar.

A pesquisa foi publicada pela revista Aging Health and Research.