MEIO AMBIENTE

A Groelândia pode desaparecer? Um estudo analisa o futuro das geleiras

O derretimento de geleiras continentais na região está ocorrendo em larga escala devido ao aquecimento global

Da redação | 6 de outubro de 2022 - 11:19

Um projeto de pesquisa denominado “Britice-Chrono”, que analisa há 10 anos os movimentos das geleiras no Norte da Europa, vai ajudar a detectar os riscos de derretimento de gelo e o próprio futuro da Groelândia. Segundo estudiosos, a região, formada em boa parte por gelo, estaria sob ameaça de extinção, caso o aquecimento global se mantenha no ritmo atual.

O estudo é encabeçado por pesquisadores do British Antarctic Survey (BAS) e da Universidade de Sheffield. Por meio de imagens  de alta resolução, tornou-se possível analisar como os vales de gelo foram criados entre 27.000 e 19.000 anos atrás. Alguns destes canais de geleiras continentais possui até 150 km de comprimento, 6 km de largura e 500 m de profundidade.

A camada de gelo da Groenlândia vista do espaço com grandes lagoas de derretimento no verão. (Foto: COPÉRNICO DATA/ESA/SENTINELA-2)

A Groelândia já sofre com o derretimento de camadas de gelo da superfície, principalmente no verão, quando os efeitos são perceptíveis em larga escala. A água se acumula em várias lagoas na parte superior antes de ser drenada para o leito e escapar sob o gelo para o oceano.

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Os pesquisadores identificaram que o fluxo de grandes volumes de água sob uma camada de gelo pode ter implicações para sua estabilidade. Se a água estiver espalhada, pode lubrificar o fluxo, levando ao colapso do lençol.

No lado oposto do planeta

A preocupação da comunidade científica é diferente com a situação da Antártica, tanto em curto, como médio prazo. A Antártida é a maior camada de gelo da Terra e está sofrendo também com o derretimento das geleiras.

Entretanto, as poças nas superfícies, como tem sido encontradas na Groelândia, ocorrem em menor quantidade e em menos regiões. Mas este não é um motivo para se comemorar. Pesquisadores apontam que o cenário pode mudar rapidamente, caso as temperaturas continuem a subir globalmente.

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