O derretimento de geleiras continentais na região está ocorrendo em larga escala devido ao aquecimento global
Um projeto de pesquisa denominado “Britice-Chrono”, que analisa há 10 anos os movimentos das geleiras no Norte da Europa, vai ajudar a detectar os riscos de derretimento de gelo e o próprio futuro da Groelândia. Segundo estudiosos, a região, formada em boa parte por gelo, estaria sob ameaça de extinção, caso o aquecimento global se mantenha no ritmo atual.
A Groelândia já sofre com o derretimento de camadas de gelo da superfície, principalmente no verão, quando os efeitos são perceptíveis em larga escala. A água se acumula em várias lagoas na parte superior antes de ser drenada para o leito e escapar sob o gelo para o oceano.
Os pesquisadores identificaram que o fluxo de grandes volumes de água sob uma camada de gelo pode ter implicações para sua estabilidade. Se a água estiver espalhada, pode lubrificar o fluxo, levando ao colapso do lençol.
A preocupação da comunidade científica é diferente com a situação da Antártica, tanto em curto, como médio prazo. A Antártida é a maior camada de gelo da Terra e está sofrendo também com o derretimento das geleiras.
Entretanto, as poças nas superfícies, como tem sido encontradas na Groelândia, ocorrem em menor quantidade e em menos regiões. Mas este não é um motivo para se comemorar. Pesquisadores apontam que o cenário pode mudar rapidamente, caso as temperaturas continuem a subir globalmente.