TECNOLOGIA
Unsplash

Google lança o seu chatbot, o Bard, mas só para maiores de 18 anos

Preocupada com informações que circulam no mundo real, empresa limita acesso para menores

Por: Júlia Castello
Da redação | 22 de março de 2023 - 21:55
Unsplash

O Google anunciou o lançamento de seu chatbot, o Bard, que vai competir com o ChatGPT, um sucesso da OpenAI. Mas o lançamento foi feito com certos cuidados e o acesso ao Bard será limitado aos maiores de 18 anos. Além disso, para acessar a nova tecnologia, o usuário precisa estar nos Estados Unidos e Reino Unido.

A preocupação do Google com o limite de idade está relacionada com o fato de que o sistema lida com muitas informações do mundo real. Por isso, fica exposto a informações falsas, tendenciosas ou baseadas em estereótipos.

Os chatbots são programados para responder a questões apresentadas pelos usuários, utilizando a linguagem natural de uma conversa entre pessoas. Eles podem escrever qualquer coisa, desde discursos, a teses, trabalhos escolares e até mesmo projetos sobre os mais diferentes temas.

Desafios

No mês passado, a Microsoft investiu bilhões de dólares no ChatGPT incorporando o produto em seu mecanismo de busca Bing. A ação fez com que o Google começasse a desenvolver o seu próprio modelo de inteligência artificial.

Em entrevista para a BBC, o diretor sênior de produtos do Google, Jack Krawczyk, afirmou que Bard é “um experimento” e espera que as pessoas o usem como uma “plataforma de lançamento para a criatividade”. Assim, como a OpenAI, o Google argumenta que a inteligência artificial apesar de útil ainda é limitada e pode ser perigosa.

O vice-presidente de pesquisa do Google afirmou durante o lançamento da tecnologia que o Bard é programado para não responder a “comandos” ofensivos e possui filtros para impedir o compartilhamento de informações prejudiciais, ilegais, sexualmente explícitas ou de identificação pessoal. Entretanto, segundo ele,” como qualquer método, essas proteções falharão ocasionalmente”, afirma.

Leia também:
Novo ChatGPT é bem mais rápido e identifica imagens
O ChatGPT não poderá substituir escritores e pensadores, diz professor de Harvard

+ DESTAQUES