Pesquisa da Universidade de Harvard indica que falta de contato presencial entre os jovens agrava o problema
Estudo feito pela Universidade de Harvard, nos EUA, mostra que os jovens estão cada vez mais infelizes e esgotados. Uma das causas está diretamente ligada a tecnologia e a falta de conexão pessoal como conversas e risadas entre presenciais.
Para Tyler VanderWeele, autor do estudo, esses jovens ficaram ainda mais tristes após a pandemia. E ressalta que não é somente um problema de saúde mental, mas físico também. Os pesquisadores fizeram uma comparação entre o nível de felicidade da faixa-etária deste ano com os de 2000. Eles abordaram seis questões com o público: felicidade, saúde, significado, caráter, relacionamentos e estabilidade financeira. A Geração Z teve a menor pontuação em todas as categorias. De maneira geral, fica a impressão, segundo os pesquisadores, que há 20 anos, a vida parecia ser melhor e mais feliz para muita gente. Principalmente, porque as conexões sociais eram mais fortes.
Segundo o VanderWeele, a falta de conexão social é uma das variáveis que influencia no aumento da infelicidade do grupo. “Havia evidências anteriores de que os jovens adultos estavam aumentando a solidão, e isso foi, realmente, acentuado pela pandemia”, afirma.
As condições financeiras também impactam diretamente na saúde deles. O pesquisador diz que os custos das moradias estão disparando em vários países, isso dificulta a conquista da independência tão desejada por essa geração. Eles também são mais infelizes e descrentes em relação à política, o que acarreta no aumento de pensamentos negativas sobre o futuro.
O pesquisador conclui que é urgente pensar em políticas econômicas e de saúde para auxiliar na vida dos jovens. E procurar responder a seguinte reflexão: “Como estruturar a sociedade para os jovens terem oportunidades e para que seu bem-estar seja promovido? Como chegamos lá a partir daqui?”, pergunta ele.
Fonte: Rockcontent