SOCIEDADE

Geração Z acha normal namorar um colega de trabalho

Os millennials também se mostram dispostos a quebrar essa norma observada na maioria das empresas

Por: Lucas Saba
Da redação | 13 de fevereiro de 2023 - 21:55

The Washington Post

Os integrantes da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e os da Geração Y, ou millennials, (1980 e 1998) são mais abertos a um romance no local de trabalho do que outras gerações, de acordo com estudo da Society for Human Resource Management.

Um terço dos trabalhadores mais jovens da Geração Y e da Geração Z aprovam o namoro no trabalho, em comparação com 15% dos funcionários mais velhos, 27% da Geração X (1965 – 1981). De acordo com a pesquisa da SHRM, as atitudes em torno do romance no escritório estão começando a se tornar mais natural graças aos mais jovens, além das aposentadorias, entre aqueles de mais idade.

“Houve uma mudança nos últimos anos, com um êxodo de alguns dos trabalhadores mais velhos e aumento de funcionários mais jovens, que tendem a ser um pouco mais diretos e honestos sobre o que pensam”, disse Phyllis Hartman, presidente da PGHR Consulting e especialista em recursos humanos. “Mas a realidade é que sempre houve romance no local de trabalho.”

Colegas de trabalho

Geração Z e Y, mais propensas a relacionamentos no ambiente de trabalho. (Crédito: Pexels)

Levando em conta que uma pessoa passa em média 90.000 horas no trabalho em toda a vida, é de se esperar que alguns desenvolvam apegos pessoais ou mesmo românticos, de acordo com Johnny Taylor, executivo da Society for Human Resource Management.

Na pesquisa, o romance no local de trabalho incluiu qualquer coisa, desde um flerte até um namoro. Houve um tempo em que os romances no local de trabalho eram formalmente proibidos, na maioria das empresas.

Em algumas delas, eram exigidos os chamados “contratos de amor”, que obrigam os funcionários a revelar se estavam em um relacionamento e estabelecessem diretrizes sobre como deveriam se comportar no trabalho. Algumas políticas rígidas reservavam o direito de transferir funcionários se eles estivessem envolvidos romanticamente com um colega de trabalho.

Mas, nos últimos tempos, as empresas passaram a descartar esse tipo de acordo. Setenta e um por cento dos trabalhadores entrevistados pela SHRM disseram que seu empregador não exigia a revelação de romances de escritório. E poucos funcionários o fazem voluntariamente.

Ainda assim, os romances no local de trabalho ainda podem ser uma fonte de julgamento dos colegas. A pesquisa descobriu que 40% dos trabalhadores disseram  que os romances não são profissionais. Um em cada cinco funcionários que estiveram em um namoro de escritório disseram que isso impactou negativamente sua carreira, segundo a pesquisa.

Os anos de pandemia viram um aumento notável nos romances no local de trabalho, mesmo quando os escritórios foram fechados. As pessoas encontraram mais maneiras de se conectar e se aproximar pelo Zoom e pelo Skype. “O mundo híbrido terá romances de escritório aprimorados”, disse Cary Cooper, professor de psicologia da Universidade de Manchester. “É mais fácil formar um relacionamento quando você não está no escritório cinco dias por semana. Você não tem todo mundo olhando para você.”

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