INTERNACIONAL

Fiança de US$250 milhões para operador de criptomoeda

Criador da FTX, que foi à falência, ficará em prisão domiciliar, com bracelete eletrônico, na casa da família na Califórnia

Por: Carlos Taquari
Da redação | 22 de dezembro de 2022 - 19:48

O criador da empresa de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried deixou ontem um tribunal de Manhattan, depois que a família dele pagou uma fiança de 250 milhões de dólares. Agora, ele vai esperar em sua residência, na Califórnia, sobre a decisão judicial no processo em que é acusado de lesar os investidores na FTX, a empresa que foi à falência no mês passado.

Ao explicar o alto valor da fiança, o promotor Nicolas Roos afirmou que Bankman-Fried, de 30 anos, “perpetrou uma fraude de proporções gigantescas”. O montante pago como fiança é o mais alto na história dos processos relacionados com fraudes financeiras nos Estados Unidos. O empresário ficará sob prisão domiciliar na casa de seus pais, em Palo Alto, na Califórnia.

O promotor também procurou justificar a decisão de autorizar a prisão domiciliar, explicando que esta foi uma das condições para a extradição pelas autoridades das Bahamas, onde ele estava preso.

Em entrevista à imprensa, os promotores federais descreveram o caso como “uma das maiores fraudes financeiras na história do país”. Ele responde a oito acusações que incluem lavagem de dinheiro, fraude fiscal e eletrônica e violações da legislação do país para o mercado financeiro,

O juiz Gabriel W. Gorenstein disse ter concordado com a prisão domiciliar e a fiança, porque o acusado vai usar um bracelete eletrônico para monitoramento.

“O gênio das criptomoedas”

Conhecido no mundo das finanças digitais como SBF, Bankman-Fried se formou no MIT e era apontado como um gênio das criptomoedas. Sua empresa, a FTX chegou a ser avaliada em 30 bilhões de dólares, mas ao entrar em falência deixou prejuízos de mais de 3 bilhões, entre os investidores.

A falência foi declarada em Novembro, depois que começaram a circular informações de que ele não estava conseguindo repor o dinheiro dos investidores e de que estaria quebrado. Primeiro, Bankman-Fried deixou o comando da empresa e, em seguida, partiu para as Bahamas.

 

+ DESTAQUES