GUERRA
"Faremos de tudo para vencer", diz Zelensky, no aniversário de um ano da guerra

“Faremos de tudo para vencer”, diz Zelensky, no aniversário de um ano da guerra

Aliados da Ucrânia lembram a data da invasão russa e lamentam pelas milhares de vidas perdidas no conflito

Por: Mario Augusto
Da redação | 24 de fevereiro de 2023 - 11:02
"Faremos de tudo para vencer", diz Zelensky, no aniversário de um ano da guerra

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometeu vencer a guerra contra a Rússia no dia em que se completa um ano de conflito. O momento sombrio foi definido pelo líder ucraniano como “o dia mais longo de nossas vidas”.

Zelenskyy adotou um tom de desafio e aproveitou a data de 24 de fevereiro para parabenizar os ucranianos pela resiliência diante do maior e mais mortal conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Para o presidente ucraniano foi “um ano de dor, tristeza, fé e união”.

“Nós sobrevivemos ao primeiro dia da guerra em grande escala. Não sabíamos o que o amanhã traria, mas entendíamos claramente que para cada amanhã é preciso lutar. E nós lutamos”, afirmou Zelensky em um discurso de vídeo no início da manhã.

"Faremos de tudo para vencer", diz Zelensky

Há um ano a população ucraniana convive com cenas de destruição em larga escala. (Reprodução/Twitter)

Entre a população o sentimento é de resistência. Poucos acreditavam que a Ucrânia conseguiria resistir por tanto tempo aos ataques russos no campo de batalha.

“Este dia se tornou um símbolo para mim de que sobrevivemos por um ano inteiro e continuaremos a viver”, disse Tetiana Klimkova, uma ucraniana que vive em Kiev. “Neste dia, nossos filhos e netos vão se lembrar de como os ucranianos são fortes mentalmente, fisicamente e espiritualmente”, concluiu.

Guerra longa e vazia

Apesar do apelo multilateral para um cessar-fogo, não há perspectivas animadoras para o desfecho do conflito. A China pediu o fim da guerra e, nesta sexta-feira, divulgou um documento contendo 12 pontos, entre eles, o fim das sanções econômicas contra a Rússia.

Mas a sugestão chinesa vai na contramão dos países ocidentais que ensaiam exatamente o contrário – apertar ainda mais as sanções contra a Rússia para dificultar a manutenção dos gastos com a guerra.

O governo do Reino Unido proibiu que empresas britânicas forneçam equipamentos militares, peças de aeronaves e outros componentes para Moscou.

Já o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawieck, entregou os primeiros tanques Leopard à Ucrânia nesta sexta-feira em uma visita à capital Kiev para marcar o aniversário de um ano da invasão russa. A Polônia é a primeira nação a entregar efetivamente os tanques avançados para a Ucrânia.

Em um discurso duro, o chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, não alcançará seus objetivos na Ucrânia, um ano após a invasão do país.

“Quanto mais cedo o presidente russo perceber que não alcançará seu objetivo imperialista, maior a chance de que a guerra termine logo. Putin tem isso em suas mãos. Ele pode acabar com esta guerra”, sentenciou o chanceler alemão.

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