Reino Unido propõe aumento na ajuda militar à Ucrânia para impedir vitória de Putin
Os Estados Unidos acusaram a Rússia de cometer crimes contra a humanidade, na Ucrânia. Em pronunciamento feito na Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha, a vice-presidente Kamala Harris afirmou que os russos praticaram “terríveis crimes na Ucrânia, que incluem assassinatos, estupros e torturas”. E advertiu que o governo russo terá que responder por isso.
Harris declarou que os atos praticados pelas forças da Rússia na Ucrânia constituem “um ataque aos valores comuns a toda a humanidade”. Ao pedir que o governo russo responsa por seus atos, a vice-presidente foi além: “Vamos todos concordar em respeito às vítimas, conhecidas ou desconhecidas, que a justiça precisa ser feita”.
A conferência de Munique foi convocada pelos dos países ocidentais com o objetivo de reafirmar o apoio à Ucrânia, no momento em que a invasão do país pela Rússia está completando um ano neste 24 de fevereiro. Analistas militares acreditam que a Rússia está preparando uma grande ofensiva contra o território ucraniano, para marcar o primeiro ano do conflito.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, também manifestou o apoio do Reino Unido à Ucrânia e pediu aos aliados ocidentais que apressem o envio de novos armamentos com o objetivo de permitir que os ucranianos possam se defender das tropas invasoras. “É hora de dobrarmos o apoio aos ucranianos”, declarou Sunak.
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O discurso de Macron
Ao contrário dos Estados Unidos e Reino Unido, que defenderam uma dura reação contra a Rússia, o discurso do presidente da França, Emmanuel Macron, sinalizou em outra direção. Ele disse que a Rússia deve ser derrotada na Ucrânia, “mas não pode ser esmagada”.
“Eu quero que a Rússia seja derrotada e espero que a Ucrânia possa defender suas posições”, declarou Macron, acrescentando: “mas não concordo com aqueles que defendem uma derrota total da Rússia em seu próprio território”.
O presidente francês prometeu manter a ajuda militar aos ucranianos e também disse acreditar que esse não é o momento para dialogar com Moscou.