SAÚDE

Estresse moderado faz bem

Baixos níveis de estresse podem servir de gatilho para a resiliência

Por: Lucas Saba
Da redação | 1 de agosto de 2022 - 16:34

Níveis moderados de estresse podem fortalecer a função cerebral e até mesmo diminuir o risco de transtornos como depressão e comportamento antissocial. Pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, afirmam que, “se estressar hoje pode contribuir para enfrentar eventos desgastantes no futuro”. Ou seja, contribui para a construção da resiliência mental. “Se você está em um ambiente onde você tem algum nível de estresse, você pode desenvolver mecanismos de enfrentamento que lhe permitirão se tornar um trabalhador mais eficiente e eficaz”, afirma Assaf Oshri, autor da pesquisa.

O estresse pode prepara-lo para o futuro.

Em algum momento da vida todos nós já experimentamos o estresse. A questão é em qual frequência. Alguns casos da vida real são enfatizados na pesquisa. Como o exemplo de um jogador de basquete vive sendo criticado pelo treinador. Consequentemente, por mais que seja algo negativo, as críticas poderão fazer com que o jogador treine e se concentre mais nas jogadas. Outro exemplo é de um aluno, que se estressa estudando para uma prova. Isso pode se tornar um gatilho para o crescimento acadêmico do jovem.  Esse crescimento pessoal pode ocorrer até com profissionais formados, ao se prepararem para os desafios, como uma reunião importante.

A pesquisa apontou que os altos índices de estresse são prejudiciais para a saúde.

A pesquisa apontou que os altos índices de estresse são prejudiciais para a saúde.

Mas, embora existem pontos positivos, os cientistas alertam para a intensidade do estresse. A linha que separa o moderado e o exagerado é “fina”.

O estudo publicado na revista Psychiatry Research, coletou dados de 1.200 adultos. As pessoas tiveram que responder um questionário, e, no final, fizeram algumas atividades com alternância de níveis de estresse. Cada um suportou a situação de um jeito. De acordo com os resultados do estudo os níveis variam bastante conforme o gênero, idade, disposições genéticas e até a infância da pessoa.

A pesquisa também apontou que os altos índices de estresse são sempre prejudiciais para a saúde. Mas também concluíram que os níveis mais baixos beneficiaram, psicologicamente, os participantes, diminuindo o risco de desenvolver doenças mentais e psíquicas.

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