O governo dos Estados Unidos e a União Europeia reagiram às declarações do presidente Lula sobre o conflito na Ucrânia, contestando o conteúdo das falas. Para a Casa Branca, ao entrar no tema da guerra, Lula “repete a propaganda da Rússia”.

Por sua vez, um porta-voz da União Europeia declarou que a Rússia é a única responsável pelo conflito. E acrescentou que não é verdade que a ajuda militar à Ucrânia leve ao prolongamento da guerra.

Tanto em Washington como em Bruxelas repercutiram de forma negativa as declarações de Lula de que a Ucrânia também é responsável pela guerra e que os países ocidentais deveriam parar de enviar armas à Ucrânia. Na semana passada, Lula também afirmou que “a Ucrânia não pode querer tudo” e que deveria abrir mão da Crimeia, a península ucraniana tomada pela Rússia na primeira invasão, em 2014.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, negou que o Brasil esteja repetindo a propaganda da Rússia. Nesta segunda-feira, o chanceler russo, Sergei Lavrov, chegou ao Brasil para manter um encontro com o presidente Lula. À tarde, ele esteve no Itamaraty, no Rio, onde deu uma aula para os alunos do Instituto Rio Branco, quando defendeu a invasão da Ucrânia e a ocupação dos territórios ucranianos pelas tropas russas.