O Twitter está sendo processado no Reino Unido pela Crown Estate, uma entidade que administra as propriedades do rei Charles III, pela falta de pagamento do aluguel do seu escritório em Londres. Isso mesmo. O bilionário Elon Musk, que comprou a rede social em outubro do ano passado e já demitiu 4700 funcionários, ou seja, mais de metade da empresa, está dando um calote no monarca.

Todos os sinais e logotipos da empresa já foram removidos, mas a empresa ainda ocupa o escritório na capital inglesa, segundo o jornal inglês The Daily Telegraph.

O Crown Estate administra 19,2 bilhões de dólares (98.74 bilhões de reais) em imóveis, incluindo 241 no centro de Londres, de acordo com seu relatório anual. Numa análise rápida, três quartos do lucro líquido de 384 milhões de dólares (1.974 bilhão de reais) vão para gastos públicos na Grã-Bretanha, com o restante devolvido à família real.

O jornal britânico The Guardian disse que o rei Charles pediu que o 1,2 bilhão de dólares (6.17 bilhão de reais) dos lucros obtidos da produção de energia dos parques eólicos offshore (montados no mar) de propriedade do Crown Estate fossem usados para financiamento público.

Em dezembro de 2022, o jornal The New York Times também informou que o Twitter não paga o aluguel de nenhum de seus escritórios ao redor do mundo. Desde então, o proprietário do prédio da sede do Twitter em San Francisco também iniciou um processo judicial contra a empresa de mídia social.

Funcionários da unidade da rede social que fica em Cingapura chegaram a ser despejados temporariamente devido ao não pagamento do aluguel. A situação só foi resolvida depois que Musk resolveu pagar o que devia.

No início deste mês, o site de notícias americano Insider informou que o escritório da rede social em Nova York sofreu uma invasão de baratas, porque a manutenção deixa a desejar. Os funcionários também reclamam de banheiros sujos e entupidos.

Procurado pela reportagem, o Twitter não quis falar sobre o assunto.

A foto desta reportagem é de David Paul Morris / Bloomberg