O bilionário apresenta plano de paz para o conflito e renova proposta para comprar a rede social
Causou polêmica o “plano de paz” apresentado pelo homem mais rico do mundo para acabar com a guerra na Ucrânia. Elon Musk lançou uma enquete no Twitter para saber a opinião dos moradores de áreas ocupadas pela Rússia se querem ou não fazer parte da Ucrânia. “A vontade das pessoas que vivem em Donbas e na Crimeia deve decidir se fazem parte da Rússia ou da Ucrânia”, propôs o empresário.
Ao mesmo tempo, Musk renovou a proposta de compra do Twitter, pelo valor da proposta inicial, de US$44 bilhões. Segundo ele, o acordo de venda teria que incluir uma cláusula encerrando todas as disputas judiciais.
Em relação à sua proposta de paz para a Ucrânia, entre as sugestões apresentadas pelo dono da Tesla e da SpaceX, duas chamam a atenção. Ele sugere a realização de um novo referendo nas regiões da Ucrânia anexadas recentemente pela Rússia, agora sob a supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU).
E mais, com o cessar-fogo e a assinatura do acordo de paz entre os dois países, a Ucrânia deveria assumir uma postura de neutralidade em conflitos mundiais, o que significaria desistir da intenção de fazer parte da OTAN, a aliança militar do Ocidente, integrada pelos Estados Unidos e países da Europa Ocidental.
A reação às propostas do bilionário veio com a velocidade de um bólido. Na mesma rede social, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky rebateu o “plano de paz” proposto por Elon Musk e acusou o empresário de apoiar a Rússia.
Zelenky também apresentou uma enquete aos seus seguidores perguntando: “Qual Elon Musk você gosta mais? O que apoia a Ucrânia ou o que apoia a Rússia?”.
Diferentemente de Zelensky, representantes do governo de Vladimir Putin consideraram “positivas” as propostas feitas pelo empresário.
Coincidência ou não, Elon Musk, de fato, demonstra posicionamento mais favorável ao Kremlin, como se observa em outra publicação no Twitter.
“A Rússia está fazendo uma mobilização parcial. Eles vão para a mobilização de guerra total se a Crimeia estiver em risco. A morte de ambos os lados será devastadora”, escreveu o empresário.
“A Rússia tem 3 vezes a população da Ucrânia, então a vitória da Ucrânia é improvável em uma guerra total. Se você se preocupa com o povo da Ucrânia, busque a paz”, concluiu.
Quem vencerá essa “guerra” de narrativas no mundo virtual saberemos em algumas horas, quando acabará o tempo para os internautas responderem às perguntas.
As duas publicações têm praticamente o mesmo número de respostas. Até agora as enquetes já receberam mais de dois milhões de votos cada uma.