COMPORTAMENTO
Documentário de Harry e Meghan expõe questões polêmicas como assédio da imprensa e racismo

Série com o Príncipe Harry explode como uma bomba no Palácio de Buckingham

O príncipe e sua mulher, Meghan Markle, denunciam racismo e manipulação por parte de integrantes na família real

Da redação | 8 de dezembro de 2022 - 14:16
Documentário de Harry e Meghan expõe questões polêmicas como assédio da imprensa e racismo

Nas palavras de um funcionário do Palácio de Buckingham, o clima entre os irmãos, os príncipes Harry e William, além do pai, o rei Charles III, não poderia ser pior. O documentário “Harry & Meghan”, lançado pela Netflix, expõe a divisão entre os membros da família real, diante das denúncias feitas por Harry e sua mulher, Meghan Markle, de que existe um alto grau de racismo e preconceito entre a realeza.

Na série de seis episódios, Harry e Meghan disparam várias farpas contra os familiares. Harry se queixa de que, desde o princípio, sua então namorada, foi recebida com reservas no Palácio, pela sua origem e o fato de ser atriz. Numa frase que foi vista como uma crítica a todos os integrantes masculinos da família real, Harry declarou que “eles escolhem suas esposas de acordo com um padrão estabelecido pela monarquia”.

Por sua vez, Meghan disse que, nos Estados Unidos, nunca foi tratada como uma negra como ocorreu ao se mudar para a Inglaterra. Ela também criticou a formalidade na família real, mesmo em ambientes fechados. Como exemplo, citou a primeira vez que esteve com o príncipe William e a princesa Kate. Ao recebe-los para um jantar em Londres, Meghan contou que estava descalça e com um jeans rasgado. Além de estranharem esse fato, William e Kate ficaram rígidos quando ela tentou abraçá-los. “Eu sou uma pessoa que costuma abraçar os outros”, comentou Meghan. Em um trecho do documentário, Meghan se debruça numa suposta mesura, para simular a formalidade entre a realeza.

O casal recebeu 100 milhões de dólares para participar da série da Netflix, que estreou nesta quinta-feira, em todo o mundo.

Harry aproveitou para se queixar do pai, o então Príncipe Charles. Disse que após a morte de sua mãe, a princesa Diana, ele ficou deprimido e foi morar com uns amigos que o ampararam durante meses, deixando claro que o pai falhou naquele momento.

Na chamada do documentário, o casal instiga o público. “Ninguém sabe toda a verdade. Nós sabemos toda a verdade”, diz Harry, 38 anos. “Quando as apostas são tão altas, não faz mais sentido ouvir a nossa versão da história?”, pergunta Meghan, de 41, num misto de suspense da própria vida e marketing em favor da série.
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Harry e Meghan, casamento de conto de fadas que durou pouco dentro da família real (Foto: Reprodução Netflix)

No episódio de abertura, o príncipe Harry diz que alguns membros da realeza questionaram por que Meghan deveria ser protegida do assédio da imprensa, pois, segundo ele, a família real entendia que o tratamento negativo a Meghan na mídia era “um rito de passagem”.

Racismo real

“Alguns membros da família diziam que minha esposa tinha mesmo que passar por isso e que não precisava receber tratamento especial. Por que ela deveria ser protegida?”‘, relembra Harry. E o príncipe respondeu que Meghan precisava ser protegida por causa do racismo.

O documentário traz entrevistas com o casal e seus amigos e é ilustrado, com imagens de um diário em vídeo captado na maioria das vezes pela duquesa de Sussex.
O episódio 1 toca em questões sensíveis, como o difícil relacionamento do casal com a imprensa sensacionalista de Londres e a resposta da família real às notícias racistas em relação à Meghan Markle com quem Harry tem dois filhos, Archie Harrison, de 3 anos, e Lilibet Diana, de 1 ano.

O duque de Sussex, o quinto na linha de sucessão ao trono, conta no documentário que tem muito orgulho de seus filhos serem mestiços, e isso faz com que ele se empenhe todos os dias para tornar o mundo um lugar melhor para eles.

Em um dos trechos do documentário, Harry compara Meghan à princesa Diana. “Muito do que Meghan é, e como ela é, é tão parecido com minha mãe. Ela tem a mesma compaixão, ela tem a mesma empatia, ela tem a mesma confiança, ela tem esse calor sobre ela”, conta.

O casal real deixou as funções de membros sêniores da realeza em março de 2020 e agora mora na Califórnia com os dois filhos pequenos.
Documentário de Harry e Meghan expõe questões polêmicas como assédio da imprensa e racismo

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