SOCIEDADE
Ilustração: Pexels

Doador de esperma, com mais de 500 filhos, enfrenta processo

Alemão, ex-residente na Holanda, está sendo processado por violar acordos de doação

Por: Carlos Taquari
Da redação | 27 de março de 2023 - 11:52
Ilustração: Pexels

Um cidadão alemão, de 41 anos,  identificado apenas como Johathan M, que afirma ter 550 filhos, está sendo processado por uma das mulheres receptoras da inseminação artificial e também pela instituição que organiza as doações de esperma, na Holanda.

Ele é acusado de violar os acordos que limitam o número de doações, para evitar incesto e garantir a saúde mental das crianças nascidas pelo processo de inseminação. As normas estabelecidas pela Donorkind Foundation, que coordena as doações de esperma na Holanda e em outros países da Europa limitam a 12 mulheres ou 25 crianças, o número de doações para cada homem.

Mas Jonathan M. ignorou o acordo e doou esperma para 13 clínicas na Holanda e em outros países, o que levou – segundo ele admite – ao nascimento de 550 filhos. Esse número cria um grande risco de que essas crianças, no futuro, venham se relacionar e ter filhos, o que implica enorme risco de problemas de saúde para os futuros bebês.

“Se eu soubesse que ele tinha centenas de filhos, jamais o teria escolhido como doador”. afirmou a mulher que está processando Jonathan M. “Quando penso no que pode acontecer com meu filho, tenho muito medo”, acrescentou ela.

A Fundação Donorkind informou que está adotando providências para evitar que isso aconteça de novo e revelou que ele já foi colocado numa lista de exclusão.

Por sua vez, a Dutch Society of Obstetrics and Gynaecology orientou todos os bancos de esperma e clínicas da Holanda para pararem de utilizar o material de Jonathan M.

Segundo a imprensa holandesa, Jonathan M. mudou para o Quênia, na África, para escapar dos processos. Em 2018, ele já havia sido advertido para parar de fazer doações, mas – por motivos não revelados – continuou doando.

A Progress Eduational Trust, plataforma que procura ajudar famílias afetadas pela infertilidade ou condições genéticas, também estabelece o limite de 25 crianças por doador, a fim de evitar problemas de saúde no futuro, quando as crianças nascidas nesse processo se tornarem pais ou mães.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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