ECONOMIA

Crise bancária nos EUA persiste. Tesouro anuncia que está pronto para garantir depósitos

Na tentativa de conter um colapso financeiro, governo americano garante ajuda ao setor

Por: Carlos Taquari
Da redação | 21 de março de 2023 - 21:55

A Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, anunciou que o governo está pronto para novas intervenções no mercado financeiro, com o objetivo de proteger os depósitos dos correntistas, especialmente nos bancos de pequeno e médio porte. “Essas instituições segundo ela, sofrem com a fuga de depósitos e isso ameaça a economia nacional”, declarou Yellen, em discurso feito na conferência da Associação Americana de Banqueiros, em Washington.

As autoridades americanas estão tomando medidas emergenciais para reforçar a confiança após o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, além da operação de resgate do First Republic Bank. O Federal Reserve, o banco central dos EUA, também alterou as regras dos empréstimo de emergência para garantir os saques de depósitos.

Em seu discurso, Yellen, tentou acalmar a situação que está abalada após duas falências bancárias anunciadas em março. A secretaria enfatizou: “o sistema financeiro americano é sólido e que medidas do governo podem ser tomadas para garantir os depósitos.”

Crise bancária EUA

O Departamento do Tesouro americano assegurou que vai garantir os depósitos para evitar o colapso financeiro.

“As medidas que tomamos não se centraram em ajudar bancos específicos ou classes de bancos. Nossa intervenção foi necessária para proteger o sistema bancário mais amplo dos EUA. E ações semelhantes podem ser justificadas se instituições menores sofrerem corridas de depósito que representam o risco de contágio”, disse Yellen.

Nesses casos, o Tesouro, o Federal Reserve e o FDIC anunciaram “exceções de risco sistêmico” que lhes permitiram garantir bilhões de dólares em depósitos não segurados, essas ações juntamente com novas linhas de empréstimo do FED, reduziram o risco de novas falências bancárias.

Yellen não detalhou sobre quais ações o governo pode adotar nas próximas semanas, mas enfatizou que o tesouro não deixará de socorrer os bancos regionais e comunitários.

Ela acrescentou: “a situação é “totalmente diferente da crise financeira global de 2008”, quando os ativos hipotecários de alto risco colocaram muitos bancos à beira da falência. De acordo com Yellen, o sistema financeiro está “significativamente mais forte do que há 15 anos”.

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