Alemanha, França e Itália, maiores economias da zona do euro, apresentam números decepcionantes
Na Alemanha, maior economia da zona do euro, inflação em Outubro, anualizada, chegou a 11,6%, um novo recorde para o país. Na França, foi de saltou para 7,1%. E, na Itália, mais um recorde: 12,8%. Nas três maiores economias da União Europeia, além da inflação alta, o crescimento econômico também é baixo e ameaça arrastar todos os países do bloco para a recessão.
O crescimento econômico, na Alemanha, no terceiro trimestre, deve ficar em torno de 0,3%, o mesmo do segundo trimestre, o que deve levar o PIB desse ano para 1,4%, o mais decepcionante em décadas. Na França, a economia cresceu apenas 0,2% no terceiro trimestre, o que mantem a expectativa do PIB, para 2022, em 2,6%.
A média de crescimento do Produto Interno Bruto entre os países da União Europeia deve ficar em torno de 3,9 a 4,1%, segundo dados do Eurostat, o escritório de estatísticas do bloco europeu.
Além do baixo crescimento, a França continua enfrentando uma forte pressão inflacionária, a exemplo dos demais países do bloco. Os preços para o consumidor francês continuaram em alta em Outubro. Os alimentos subiram, em média, 11,8%, no cálculo anual, enquanto os preços da energia saltaram para 19,2% a mais, incluindo o gás utilizado em aquecimento doméstico. Com isso, a inflação ficou em 7,1%, enquanto em Julho foi de 6,8%. O governo francês criou subsídios para os combustíveis, destinados a aliviar as contas para as famílias e pequenas e médias empresas. Mas os economistas alertam que isto pode significar uma bomba financeira para os próximos anos.
Na Itália, o novo ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, cobrou do Banco Central Europeu medidas urgentes para aliviar a crise econômica que afeta todos os países do bloco e ameaça provocar um forte recessão, com aumento do desemprego e agravando a crise social. Segundo o ministro, o BCE precisa levar em conta a situação dos países da região ao formular suas políticas. De forma indireta, ele estava protestando contra as exigências dos dirigentes do bloco para que os países membros cortem despesas e tentem equilibrar suas finanças.
A situação na Itália vai obrigar a primeira-ministra Giorgia Meloni a lançar programas mais amplos de apoio destinados, principalmente, às famílias de baixa renda.
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