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Conspiração no Vaticano. Querem forçar a renúncia do Papa Francisco

Conspiração no Vaticano. Cardeal revela complô para afastar o Papa

Conservadores têm um plano secreto para colocar o papa Francisco sob estresse, forçando uma renúncia

Por: Mario Augusto
Da redação | 9 de janeiro de 2023 - 15:28
Conspiração no Vaticano. Querem forçar a renúncia do Papa Francisco

Conservadores dentro do Vaticano estão elaborando um complô para derrubar o Papa Francisco. A revelação foi feita pelo jornal italiano La Stampa, com base em entrevista de um cardeal da ala conservadora da Igreja Católica.

A renúncia do Papa era considerada improvável enquanto Bento XVI estava vivo. Mas, agora, segundo o cardeal, que falou sob a condição de anonimato, após a morte de Bento XVI, em 31 de dezembro do ano passado, os conservadores se mobilizam para forçar a renúncia do papa argentino.

Conspiração no Vaticano. Querem forçar a renúncia do Papa Francisco

O plano seria sobrecarregar o papa até o limite, forçando a sua renúncia. (Captura/vídeo/Vatican News)

Anteriormente, o Pontífice já havia declarado que renunciaria se sua saúde piorasse. Mas, especialistas consideravam essa hipótese pouco provável, enquanto Bento XVI estivesse vivo, uma vez que isso criaria uma situação totalmente inusitada para a Igreja Católica. Três papas morando no Vaticano – um novo papa escolhido pelo conclave e mais dois papas aposentados. Uma situação difícil de imaginar.

Francisco é considerado pela ala radical da Igreja como excessivamente progressista. Suas visões liberais e a suspensão da missa em Latim despertaram a ira dos tradicionalistas.

O informante do jornal italiano declarou que a facção conservadora está pronta para agir contra o ‘papa comunista’. “O plano secreto teria várias etapas, mas o objetivo principal seria colocar o pontificado sob tal estresse que Francisco teria que renunciar”, diz a reportagem do La Stampa.

Em outro trecho o cardeal revela: “Os oponentes de Francisco sabem que neste momento estão em minoria, que precisarão de tempo, tanto para obter um consenso quanto para enfraquecê-lo’.

A campanha dependeria do enfraquecimento progressivo do Santo Padre, bem como de suas escolhas doutrinárias, que criariam um grande descontentamento, que poderia ser usado contra ele.

Conspiração no Vaticano. Querem forçar a renúncia do Papa Francisco

Opositores estão na ala conservadora da Igreja. (Reprodução/Vatican News)

Onde estão os inimigos

O papa Francisco assumiu o comando da Igreja em 2013, após a renúncia de Bento XVI, que era conservador. A escolha do Cardeal Bergoglio para o cargo de papa, sinalizou uma mudança definitiva na Igreja Católica, com sua crítica ao capitalismo e atitude mais samaritana em relação à homossexualidade, aborto, comunhão para divorciados recasados ​​e celibato para padres.

A reportagem do jornal italiano afirma que, a partir de agora, alguns oponentes começarão a agir de forma aberta em suas críticas ao papa, enquanto outros continuarão atuando ‘nas sombras’.

Um dos opositores declarados é o cardeal alemão Georg Gänswein, que foi durante 19 anos o secretário pessoal do papa Bento XVI, e era o prefeito da Casa Pontifícia, encarregado de organizar as audiências do papa Francisco, acompanhando os fiéis ou chefes de Estado. Mas que foi afastado da função pelo papa Francisco.

Falando abertamente à imprensa alemã, o cardeal Gänswein criticou a decisão do papa de limitar a missa tradicional em Latim, dizendo que a decisão “partiu o coração” de seu predecessor, Bento XVI.

Outros cardeais linha-dura incluem o norte-americano Raymond Burke e o alemão Gerhard Ludwig Müller, que fazem oposição ferrenha às ideias progressistas do papa Francisco.

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