Stewart Rhodes, líder do grupo extremista “Oath Keepers” (Guardiões do Juramento) foi condenado a 18 anos de prisão, por conspiração. Rhodes foi um dos líderes da invasão do Capitólio, o prédio do Congresso dos Estados Unidos, ocorrida no dia 6 de Janeiro de 2021. Naquela data, os extremistas protestavam contra a vitória do democrata Joe Biden, nas eleições presidenciais e tentavam lançar um movimento em favor da permanência de Donald Trump no poder.

Ao ser preso, Rhodes não apenas admitiu a participação nos atos de violência, como chegou a declarar: “Deveríamos ter trazido nossos rifles”.

Ao pronunciar a sentença, a mais dura até agora nos processos relacionados com o 6/1/2021, o juiz Amit Mehta, do tribunal federal de Washington, dirigindo-se a Rhodes, declarou: “O senhor representa uma perigosa ameaça a esse país, à república e às instituições democráticas”.

Ao lhe ser dada a oportunidade de falar, antes da sentença, Rhodes, vestido com o uniforme laranja dos presidiários, disse que se considerava um preso político e que não acredita ter comedido qualquer crime, “exceto de se opor a aqueles que destroem nosso país”. Ele também declarou esperar que Donald Trump seja eleito em 2024.

O juiz respondeu, afirmando: “O senhor não é um preso político e foi considerado culpado de conspiração não por suas crenças, mas pelos fatos ocorridos antes, durante e depois de 6 de janeiro de 2021”.

Antes desta sentença, outro integrante do “Oath Keepers”, Peter Schwartz, já havia sido condenado a 14 anos de prisão, até então a pena mais longa neste caso. No dia da invasão, armado com um pedaço de madeira, Schwartz atacou e feriu vários funcionários do Capitólio.

Outras sentenças de participantes dos distúrbios devem ser anunciadas entre hoje e amanhã.