Os dois trens seguiam em sentido contrário, mas na mesma linha quando houve a colisão, o que indica falha operacional
A colisão entre um trem de carga e outro de passageiros na região de Tempe, no norte da Grécia, matou 43 pessoas e deixou dezenas de feridos. O acidente aconteceu logo após o trem de passageiros sair de um túnel, vindo de Atenas para Thessaloniki.
Autoridades locais confirmaram que os dois serviços estavam operando na mesma linha, mas em sentido contrário, o que causou a colisão frontal. A polícia grega ainda não sabe o que causou o acidente, que já é considerado o mais mortal dos últimos anos na Grécia. O chefe da estação local da companhia de trens foi ouvido pela polícia e promotores de justiça e em seguida recebeu voz de prisão. Ele é acusado de múltiplos homicídios culposos.
O ministro dos Transportes, Kostas Karamanlis, renunciou ao cargo nesta quarta-feira, sob a alegação de que é impossível continuar no cargo depois de um fato tão trágico. Karamanlis disse que está assumindo a responsabilidade pelas falhas do Estado grego.
O Primeiro-Ministro grego Kyriakos Mitsotakis esteve no local do acidente e prometeu descobrir o que causou o desastre na linha férrea.
O trem de passageiros transportava 350 pessoas. As duas primeiras composições ficaram completamente destruídas após um incêndio logo após a colisão.
Equipes de resgate trabalharam durante toda a noite no local do acidente perto da cidade de Larissa para resgatar as vítimas e prestar os primeiros atendimentos.
A presidente da Grécia, Katerina Sakellaropoulou, encerrou uma visita oficial à Moldávia para se dirigir ao local da tragédia. O governo decretou três dias de luto nacional com bandeiras a meio mastro em homenagem às vítimas do acidente.
A Cruz Vermelha Helênica está organizando doações de sangue de emergência na praça central de Larissa porque há falta de sangue nos hospitais que atendem as vítimas feridas. O trabalho é feito em colaboração com dois hospitais locais para ajudar os feridos no acidente.