São as primeiras no país em seis meses; autoridades alertam que Pequim enfrenta a situação mais grave desde o início da pandemia
A China registrou as primeiras três mortes por Covid-19 em seis meses e as autoridades sanitárias alertam para o que está sendo chamado de “a situação mais grave desde o início da pandemia” na capital, Pequim.
Segundo o governo o número oficial de mortes no país atingiu a marca de 5.229 vítimas fatais. As três mortes recentes, reconhecidas pelo governo de Pequim, ocorrem em meio a protestos contra a política de “Covid zero” adotada pela China.
Em Pequim, que tem uma população de 21 milhões de habitantes, entrou em vigor um bloqueio parcial de lojas, escolas e restaurantes com três milhões de pessoas forçadas a ficar em casa.
A política de “Covid zero” também obriga a que todos os visitantes que ingressarem na capital chinesa façam exames nos três primeiros dias de visita e permaneçam dentro de casa ou hoteis até receberem a liberação do governo.
As autoridades chinesas relataram 316 novos casos de Covid-19 em tratamento até esta segunda-feira (21/11). Entre as três vítimas fatais confirmadas nos últimos dias havia um idoso de 87 anos.
Embora a China reforce que a adoção da política Covid zero signifique maior controle sobre o número de casos e menos mortes pelo novo coronavírus, há relatos de atraso no tratamento de emergência de pessoas doentes em áreas fechadas ou instalações de quarentena.
Além disso, o governo enfrenta uma onda de protestos online contra a política de confinamento forçado, como, por exemplo, a indignação causada pela morte de um bebê por falta de atendimento médico em decorrência das restrições da Covid-19.