SAÚDE
Protesto contra confinamento na China (Foto: Twitter)

China registra recorde de casos de Covid e crescem protestos contra confinamento

Na quarta-feira, foram notificados 31.527 novas infecções, 3 mil a mais do que o pico anterior em abril deste ano

Por: Mario Augusto
Da redação | 24 de novembro de 2022 - 13:00
Protesto contra confinamento na China (Foto: Twitter)

A China registrou nesta quarta-feira (23/11) seu maior número de casos diários de Covid-19 desde o início da pandemia. O país contabilizou 31.527 novos casos da doença em 24 horas. O pico anterior tinha acontecido em abril deste ano com 28.000 infectados.

Ainda assim, os número de infectados e de mortos por Covid-19 é incrivelmente baixo, quando consideramos o tamanho da população chinesa (1,4 bilhão de pessoas) e pouco mais de 5.200 mortos (dados oficiais) pelo SARS-COV-2 desde o início da pandemia.

Até agora, a China registrou média de apenas três mortes para cada 1 milhão de habitantes, enquanto EUA registraram 3 mil mortes por milhão, o Brasil, 3,2 mil e o Reino Unido 2,4 mil mortes por milhão.

Embora a política de Covid-zero adotada pela China tenha salvado vidas, ela impacta fortemente a economia e a vida das pessoas comuns que não podem trabalhar nem sair de casa durante o isolamento forçado em caso confirmado de infecção.

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Medidas de controle

Diante do recrudescimento do número de casos em Pequim, as autoridades sanitárias chinesas aplicaram restrições em vários distritos, com fechamento de lojas, escolas e restaurantes.

Veja vídeo de protesto em Zhengzhou

Como as medidas de restrição exercem forte pressão sobre a economia, o governo chinês anunciou que fará cortes pontuais nas reservas bancárias e pode utilizar outras ferramentas de política monetária para garantir liquidez no país.

Com medo da nova onda de contaminação, nesta sexta-feira, a cidade de Zhengzhou deve impor um bloqueio efetivo para 6 milhões de residentes. Outras regiões que despertam preocupação são as cidades de Guangzhou, Chongqing, Chengdu, Jinan, Lanzhou e Xian.
Inverno e Ômicron como desafios

Apesar de o número oficial de casos ainda estar abaixo dos padrões internacionais, a China tenta eliminar todas as cadeias de infecção. O desafio conta com um complicador natural. O país enfrenta um inverno rigoroso e a variante Ômicron que é altamente contagiosa.

Para minimizar os efeitos do lockdown a China pretende evitar os bloqueios totais nas cidades atingidas pela nova onda de infecções. Em vez disso, pode recorrer a bloqueios mais localizados de 3 a 5 dias, mas, independentemente de qual seja o alcance da restrição, a maioria delas é imposta sem aviso prévio.

Protesto contra confinamento na China (Foto: Twitter)

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