Sam Altman, CEO da empresa criadora do ChatGPT, deu uma declaração polêmica que ajuda a compreender os limites atuais da ferramenta de inteligência artificial que viralizou entre os internautas. Altman afirmou que o ChatGPT é legal, mas ainda é um “produto horrível”, se referindo aos problemas no funcionamento do robô de diálogos da OpenAI. Altman não incluiu nas críticas as demais ferramentas do ChatGPT, como a produção de textos sobre uma infinidade de assuntos, trabalhos escolares e até mesmo de artigos especializados. Mas deixou claro que o robô ainda precisa de vários aperfeiçoamentos.

A declaração foi dada durante uma entrevista concedida ao podcast Hard Fork, do jornal The New York Times. O executivo ressaltou alguns problemas que já são bem conhecidos dos usuários. As longas filas de espera para entrar no ChatGPT, por exemplo, além dos problemas de lentidão e inoperância da ferramenta.

“As pessoas estão acessando um site que às vezes funciona e às vezes está inoperante”, afirmou Sam Altman. “Os usuários estão digitando algo, estão tentando até acertar, e então copiam a resposta e vão colá-la em outro lugar – e depois voltam e tentam integrar isso com os resultados da pesquisa ou seus outros fluxos de trabalho”.

Para Sam Altman, o ChatGPT precisa de melhorias. (Flickr)

Apesar da autocrítica, Sam Altman também reconheceu a popularidade do chatbot entre os internautas: “As pessoas realmente adoram o [ChatGPT], o que nos deixa muito felizes. Ninguém diria ainda que é um produto excelente e bem integrado. Mas há tanto valor aqui que as pessoas estão dispostas a tolerá-lo.”

As ponderações de Altman vão ao encontro da expectativa dos usuários, que aprovaram o uso da ferramenta de inteligência artificial e estão ávidos por novos desenvolvimentos para o conversador da OpenAI.

“ChatGPT vai mudar o mundo”

Bem antes de Bill Gates afirmar que “o ChatGPT irá mudar o mundo”, a ferramenta de IA já tinha caído no gosto dos internautas. Mas a declaração do bilionário cofundador da Microsoft colocou mais combustível na acirrada disputa que se criou no mercado de inteligência artificial para o lançamento de novas ferramentas. Bill Gates considera que o pioneiro ChatGPT veio para revolucionar a tecnologia e é tão importante quanto a invenção da própria internet.

Em janeiro deste ano, o ChatGPT atingiu a marca de 100 milhões de usuários ativos, somente dois meses após seu lançamento. A Microsoft, que investiu US$1 bilhão na OpenAI, anunciou a integração do chatbot em diversos produtos da marca, como o buscador Bing, o navegador Edge e a plataforma videoconferências Teams.

Recentemente, a OpenAI lançou no mercado brasileiro a versão do ChatGPT Plus que oferece a possibilidade de pular a fila de espera da versão aberta para acessar a ferramenta e apresenta respostas mais rápidas às perguntas dos usuários. A assinatura do ChatGPT Plus custa US$ 20,00 ao mês ou R$ 105,00.