Pesquisa publicada em revista médica com quase 80 mil pessoas mostra que exercício simples no dia a dia reduz riscos à saúde
Para cada 2.000 passos que você dá a cada dia, seu risco de morte prematura pode diminuir de 8 a 11 por cento, de acordo com pesquisa publicada na revista Jama Internal Medicine, uma das mais importantes dos Estados Unidos na área de saúde. Outra pesquisa similar, publicada pela Jama, mostra que caminhar mais, acumulando até cerca de 10.000 passos por dia, reduziu a ocorrência de doenças cardiovasculares (incluindo infartos e derrames), 13 tipos de câncer e demência.
Ao final, porém, descobriu-se que mesmo caminhando menos do que esses pretendidos 10 mil passos, os benefícios para a saúde já apareceram de forma nítida. Se caminhar cerca de 9.800 passos por dia reduziu o risco de demência em cerca de 50%, quem andou menos, cerca de 3.800 passos, também diminuiu em 25% os riscos de problemas cardiovasculares.
A caminhada pode ser feita durante o dia a dia, mesmo com o cachorro, indo ao banco, ao supermercado, escola ou trabalho. Mas é importante que a caminhada seja de maneira contínua. E 2 mil passos podem ser alcançados com pouco mais de duas voltas na quadra (um passo tem em média, 0,5 metro, o que significa que andar 1000 metros podem representar 2 mil passos).
No Brasil, de acordo com uma pesquisa feita pela Vital Strategies em conjunto com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a pandemia piorou o tratamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e também as rotinas saudáveis que as pessoas mantinham antes do surgimento da doença.
“A redução da prática de pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana aconteceu ao mesmo tempo em que os hábitos alimentares pioraram, com a diminuição do consumo de verduras e legumes, por exemplo. O único destaque positivo com relação a alimentação foi a redução de consumo de refrigerantes e sucos artificiais, que caiu 25,4% no Brasil”, explicou um dos pesquisadores, Pedro Hallal, professor da UFPel.