INTERNACIONAL

Brasil e Argentina assinam acordo de cooperação

Presidentes Lula e Alberto Fernandez prometem ampliar relações comerciais

Da redação | 23 de janeiro de 2023 - 18:16

Em Declaração Conjunta de Cooperação, assinada nesta segunda-feira, em Brasília, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernandez assumiram o compromisso de estreitar as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, com o objetivo de reverter o afastamento ocorrido nos últimos quatro anos.

O presidente Lula ressaltou a importância dos laços Brasil-Argentina para o fortalecimento da região sul-americana. “Quando eu acabar o meu mandato, a relação com a Argentina será a melhor relação entre todos os países da América do Sul e América Latina. Não que eu tenha preferência pela Argentina, é porque a Argentina é um país grande, já foi a quinta economia maior do mundo”, justificou. Os laços, segundo Lula, extrapolam a seara da economia: “nossas universidades precisam estar mais próximas, porque uma boa relação não é só comercial, é também a relação científico-tecnológica, a relação cultural, e sobretudo, a relação política. Quero dizer que estou de volta para fazer bons acordos com a Argentina”.

Por sua vez, o presidente Alberto Fernández também comemorou a formação de um “vínculo estratégico muito mais profundo do que tínhamos e que vai durar pelas próximas décadas”. O dirigente argentino manifestou apoio a Lula, afirmando que o presidente brasileiro é “um líder da região e um grande estadista”. “Eu vi décadas atrás quando iniciou um processo que tirou milhares de pessoas da miséria no Brasil”, disse.

Lula tratou da possibilidade de adotar uma moeda comum no bloco sul-americano. “O que estamos tentando trabalhar agora é que nossos ministros da Fazenda, com suas equipes econômicas, possam fazer uma proposta de comércio exterior e de transações entre os dois países em uma moeda comum, a ser construída com muito debate e reuniões. Isso é o que vai acontecer. Agora, vou dizer o que eu penso: se dependesse de mim, a gente teria comércio exterior sempre nas moedas dos outros países, para que a gente não dependa do dólar”, afirmou o presidente.

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