Disposição foi anunciada após encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, mas Biden diz que acordo não será incondicional
Após encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron na Casa Branca, Joe Biden declarou estar pronto para conversar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o fim da guerra na Ucrânia, desde que haja, de fato, interesse em avançar com um acordo de paz. O presidente dos EUA enfatizou que Putin ainda não fez essa sinalização.
Tanto Biden quanto Macron reafirmaram que continuarão se opondo à guerra da Rússia. E ambos reforçam que não estimulariam a Ucrânia a fechar um acordo considerado inaceitável para os ucranianos.
Em 2014, a Rússia invadiu a região da Crimeia, que pertencia à Ucrânia e, depois de um referendo bastante questionado pela comunidade internacional, anexou o território à Federação Russa.
A Ucrânia reivindica a devolução da Crimeia e de outras quatro regiões anexadas pela Rússia em setembro deste ano durante a atual guerra, as províncias de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, que representam 15% do território ucraniano.
O governo da Ucrânia estima que entre 10 mil e 13 mil soldados ucranianos foram mortos desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro de 2022. Já a Rússia não divulga números de baixas de seus soldados na guerra contra o país vizinho.
A chefe da União Europeia, Ursula von der Leyen estima que o número de soldados ucranianos mortos e feridos chega a 100 mil. Além disso, 20 mil civis teriam sido mortos até aqui na guerra.
Após o encontro de Biden e Macron na Casa Branca, os dois presidentes prometeram apoio contínuo à defesa da soberania e integridade territorial da Ucrânia, intensificando a entrega de sistemas de defesa aérea. Macron anunciou a realização de uma conferência internacional sobre a Ucrânia, em Paris, em 13 de dezembro.
Horas depois o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reclamou que os países ocidentais não ofereceram nenhuma alternativa concreta para a mediação do conflito com a Ucrânia.
Lavrov disse que Macron planeja uma conversa com o presidente russo, mas até o momento o chanceler afirmou que a Rússia não recebeu nenhum sinal por meio dos canais diplomáticos. Lavrov pediu para que o ex-secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se engaje em um verdadeiro diálogo para a paz.