ECONOMIA
Associated Press

Banco central americano eleva juros ao maior patamar em 16 anos

Essa foi a décima alta em 14 meses anunciada pelo Federal Reserve. Taxa atinge 5,25%

Por: Lucas Saba
Da redação | 3 de maio de 2023 - 17:37
Associated Press

O Federal Reserve, o banco central dos EUA elevou as taxas de juros para o nível mais alto em 16 anos, enquanto luta para conter a inflação e estabilizar os preços.
O FED subiu a taxa em 0,25%, atingindo 5,25%, a maior marca desde 2007 e a décima alta em 14 meses. A medida aumenta drasticamente os custos dos empréstimos na maior economia do mundo, estimulando uma desaceleração no setor imobiliário e mantendo a instabilidade no setor financeiro, que já registrou as falências de três bancos dos EUA.

“Não estamos mais dizendo que antecipamos” aumentos adicionais das taxas de juros, disse o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em entrevista coletiva após o anúncio, chamando-o de “mudança significativa”. No entanto, ele se recusou a descartar novas ações, “seremos guiados por dados recebidos.”

Banco central americano

Jerome Powell, presidente do Fed, em anúncio do aumento da taxa de juros. (Crédito: AP) 

O banco começou a aumentar as taxas de juros agressivamente no ano passado, quando os preços nos EUA estavam subindo no ritmo mais rápido em décadas. Bancos centrais em todo o mundo, inclusive no Reino Unido e na Europa, tomaram medidas semelhantes.

Taxas de juros mais altas encarecem comprar uma casa, pedir empréstimos para expandir um negócio ou contrair outras dívidas. Ao aumentar esses custos, as autoridades esperam que a demanda caia e os preços estabilizem. Desde que o Fed iniciou sua campanha, os aumentos de preços nos EUA mostraram sinais de moderação.

Em março, a inflação, ficou em 5% – o nível mais baixo em quase dois anos, embora ainda desconfortavelmente alta para o Fed, que mira uma taxa de 2%. A decisão do Fed foi unânime e amplamente esperada pelos mercados financeiros, agora eles buscam pistas sobre os próximos passos do banco central.

Leia também:
Kremlin acusa Ucrânia de tentar matar o presidente Vladimir Putin
Brasil e China apoiam resolução da ONU que condena agressão da Rússia contra a Ucrânia 

+ DESTAQUES