Alimentos e energia são os grandes vilões da alta de preços para americanos e alemães
A inflação nos Estados Unidos subiu 0,4% em setembro, contrariando a previsão do mercado que projetava uma alta de 0,2% . Em 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) acumula alta de 8,2% nos Estados Unidos.
Os vilões do aumento de preços em setembro foram os grupos de alimentação, acomodação e cuidados médicos. Em contrapartida, houve uma queda de 4,9% no preço da gasolina, o que evitou uma alta mais acentuada da inflação no mês.
Com a inflação em alta, o Banco Central Americano elevou as taxas de juros em 0,75 ponto percentual. O Federal Reserve mantém o tom mais duro em relação à política monetária no país e indica que fará novos aumentos na taxa de juros nos próximos meses. Novas projeções do FED apontam para taxas entre 4,25% e 4,50% até o final deste ano, podendo chegar a 4,75% em 2023.
Na Alemanha o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 1,9% em setembro na comparação com o mês de agosto. Entre setembro de 2021 e setembro de 2022, a inflação acumulada ficou em 10%. De acordo com o Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) é a maior taxa de inflação já verificada no país desde a reunificação alemã, em 1990.
O principal responsável pela alta dos preços na Alemanha é o custo do gás utilizado no aquecimento doméstico, que ficou 43,9% mais caro em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Para se ter uma ideia, os preços do petróleo sofreram variação de 108,4%; e os preços do gás subiram 95,1%.
Com a inflação em alta nos Estados Unidos e na Alemanha, crescem os riscos de uma recessão global com reflexos negativos para toda e economia mundial.