Um míssil russo atingiu uma estação de trem na cidade de Chaplyne, leste da Ucrânia, ainda durante o Dia da Independência do país (dia 24/08). De acordo com o governo ucraniano, 25 pessoas morreram e 31 ficaram feridas.

“Chaplyne é nossa dor hoje”, disse o pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky em seu discurso noturno, prometendo vingança contra a Rússia. “Definitivamente, faremos com que eles assumam a responsabilidade por tudo o que fizeram. E certamente expulsaremos os invasores de nossa terra.”

Em sua conta no Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, divulgou fotos registradas logo após o ataque. Além dos vagões de trem, carros e residências no entorno da estação foram destruídos.

Destruição nos arredores da estação ferroviária de Chaplyne após ataque russo. (Foto: Reprodução/Twitter/Dmytro Kuleba).

Algumas das vítimas fatais estavam em veículos atingidos pelo míssil. (Foto: Reprodução/Twitter/Dmytro Kuleba)

A data, além de marcar os 31 anos do Dia da Independência da Ucrânia da União Soviética, em 1991, coincidiu também com o aniversário de 6 meses de guerra com a Rússia.

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Autoridades locais informaram que cinco das vítimas morreram queimadas em um veículo nos arredores da estação de trem, entre elas, dois meninos de 6 e 11 anos de idade.

A confirmação do ataque militar foi feita pelo próprio presidente Zelensky, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU. “Foi assim que a Rússia se preparou para a reunião do Conselho de Segurança da ONU”, afirmou Zelensky.

Rússia alega ataque a militares

Mais tarde autoridades russas se pronunciaram sobre o ataque. O Ministério da Defesa russo disse que um míssil Iskander atingiu um trem militar em Chaplyne, que deveria entregar armas à linha de frente na região leste de Donbass. A Rússia negou veementemente ter atacado infraestrutura civil na Ucrânia.

No entanto, o governo de Kiev afirma que todos os 25 mortos eram civis e estavam em uma região eminentemente residencial.

Nesta quinta-feira, a comissária de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, fez um apelo ao presidente da Rússia Vladimir Putin para que suspenda imediatamente os ataques armados contra a Ucrânia.